“Igreja não tem relação com prédio físico”, afirma pastor que defendeu lockdown
O pastor Adaías de Souza Belo, presidente da 1ª Igreja Batista da Asa Norte, em Brasília, afirmou a O Antagonista que resolveu colocar uma faixa recomendando o isolamento social dos seus fiéis por entender que “a igreja de Jesus Cristo independe de espaço”.
O pastor Adaías de Souza Belo, presidente da 1ª Igreja Batista da Asa Norte, em Brasília, afirmou a O Antagonista que resolveu colocar uma faixa recomendando o isolamento social dos seus fiéis por entender que “a igreja de Jesus Cristo independe de espaço”.
Desde o início da pandemia, a 1ª Igreja Batista na Asa Norte colocou uma aviso em frente à sede da entidade com a frase: “Cultos suspensos por amor à sua vida”. A medida foi de encontro ao que defende outras igrejas evangélicas, que ingressaram com uma ação no STF para garantir um funcionamento normal, mesmo em plena pandemia. Hoje, o caso será analisado pelo plenário do STF.
“Uma das primeiras coisas eu defendo é que uma igreja não tem a ver com o prédio. A igreja é caminhada, é relacionamento, é convivência. Nem o Cristo, nem os apóstolos, tinham um prédio fixo”, defendeu o pastor.
Para ele, a preservação de vidas é o bem mais precioso neste momento. “Sobretudo neste momento tão grave da pandemia eu não vou expor as pessoas da comunidade. A pessoa pode não ser contaminada na igreja, mas ela pode ser contaminada no caminho para a igreja, em um ponto de ônibus, em um corrimão. Agora é hora do lockdown. É hora de as pessoas ficarem em casa para segurar esse vírus até que tenhamos vacina”, complementa o religioso.
Ainda para ele, algumas igrejas evangélicas confundem liberdade de culto com faturamento no culto. “A liberdade de culto independe do templo aberto. Até a própria igreja primitiva não dependia de templos. A nossa fé não está aprisionada a um local físico. O evangelho diz: onde houver dois ou três em nome de Deus, ele estará lá”, disse, complementando:
“Têm igrejas que dependem de grandes arrecadações para a sua sobrevivência. E essa arrecadação é feita no momento do culto. O aspecto político também afetou algumas alas das igrejas. Não podemos misturar as coisas. Há todo um envolvimento político-partidário nesta hora. Me parece que uma ala dos evangélicos assumiu um partido como seu. As pessoas são mais importantes do que o templo, do que o pastor, do que o presidente da República”.
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