Idosa é vítima de golpe bancário e perde R$80 mil em Salvador
Idosa perde mais de R$ 79 mil em golpe bancário em Salvador. Banco será responsabilizado? Entenda o caso.
Uma idosa, residente de Salvador, foi vítima de um golpe que resultou em um prejuízo financeiro significativo. No dia 16 de agosto de 2023, ela recebeu uma ligação de uma golpista que se passou por funcionária do banco. A suposta funcionária alegou que foram identificadas compras suspeitas e transferências via PIX em sua conta.
Para cancelar as operações fraudulentas, a vítima foi instruída a acessar o aplicativo do banco e se conectar através do QuickSupport. A confiança na veracidade da ligação fez com que ela fornecesse seus dados bancários, facilitando uma série de transações fraudulentas, como transferências via PIX, compras no cartão de crédito, e retiradas da conta poupança.
Como a Falha de Segurança Bancária Possibilitou o Golpe
O caso, que gerou um prejuízo total de R$ 79.593,25, dos quais apenas R$ 3.037,50 foram estornados pelo banco, levantou questionamentos sobre a segurança das informações bancárias. Segundo a empresa Costa Oliveira Advogados, responsável pela defesa da vítima, a fraude foi facilitada pelo acesso a informações específicas da conta da cliente.
Como Funciona a Teoria da Aparência no Direito do Consumidor?
Ao analisar o caso, a juíza Ana Cláudia Silva Mesquita Braid, da 3ª Vara de Relações de Consumo da Comarca da capital baiana, aplicou a Teoria da Aparência. Esta teoria reconheceu que a cliente, agindo de boa-fé, acreditou estar em contato com funcionários do banco. A decisão judicial enfatizou que a confiança da idosa foi alimentada pela disponibilidade de informações detalhadas sobre sua conta, sugerindo uma falha na segurança institucional do banco.
Como a Vítima Tentou Resolver a Situação?
No dia 17 de agosto de 2023, a cliente foi pessoalmente à agência do Banco Bradesco para resolver a situação e acabou sendo vítima de um novo golpe. Posteriormente, no dia 24 de outubro do mesmo ano, a instituição financeira informou que não poderia ressarcir o prejuízo, atribuindo a responsabilidade exclusivamente à cliente por fornecer os dados bancários.
Inconformada com a resposta, a idosa decidiu processar o banco, buscando a nulidade de todas as movimentações fraudulentas e o estorno das transferências PIX, totalizando R$ 76.555,55, além de indenização por danos morais. O Bradesco alegou que a responsabilidade pela fraude era exclusiva da cliente, mas a juíza discordou, apontando falhas no serviço prestado pelo banco.
Quais Medidas Podem Ajudar a Prevenir Golpes Bancários?
A partir desse caso, é crucial discutir medidas preventivas para evitar que novos golpes ocorram. Aqui estão alguns passos importantes para aumentar a segurança das suas transações bancárias:
- Desconfiar de ligações suspeitas: Sempre confirme a identidade do funcionário do banco antes de fornecer qualquer informação.
- Utilizar apps oficiais: Baixe aplicativos bancários apenas de fontes confiáveis, como lojas oficiais de apps.
- Evitar acessar links desconhecidos: Nunca clique em links enviados por mensagens suspeitas ou desconhecidas.
- Habilitar autenticação em duas etapas: Ative a autenticação em duas etapas para adicionar uma camada extra de segurança.
Que Conclusões Podemos Tirar Desse Caso?
A decisão da juíza reforça a importância das instituições financeiras serem diligentes na segurança das informações de seus clientes. O reconhecimento da responsabilidade do banco, conforme o Código de Defesa do Consumidor, é um passo importante para a proteção dos clientes contra fraudes. Além disso, a conscientização sobre as práticas seguras de uso bancário também desempenha um papel fundamental na prevenção de futuros golpes.
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (0)