Heleno chama de “fantasia” delação de Cid sobre reunião do golpe
General Augusto Heleno presta depoimento à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de janeiro nesta terça-feira (26)...
O general Augusto Heleno classificou como uma “fantasia” a informação de que Mauro Cid, ex-ajudante de ordens da Presidência, teria participado de uma reunião do presidente Jair Bolsonaro (PL) com comandantes das Forças Armadas para discutir a possibilidade de um golpe de Estado. Heleno presta depoimento à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de janeiro nesta terça-feira (26).
“Eu quero esclarecer que o tenente-coronel Mauro Cid não participava de reuniões. Ele era o ajudante de ordens do presidente. Não existe essa figura do ajudante de ordens sentar em uma reunião com os comandantes de Força e participar da reunião. Isso é fantasia. É fantasia“, disse o ex-ministro do GSI Augusto Heleno, contradizendo delação de Cid à Polícia Federal.
“Eu, até hoje, continuo achando que bandido não sobe a rampa“, diz o general Augusto Heleno à CPMI do 8 de janeiro. https://t.co/zllhbnBpnM pic.twitter.com/OsBZLs1mbv
— O Antagonista (@o_antagonista) September 26, 2023
O ex-ajudante de ordens afirmou também que o ex-comandante da Marinha Almir Garnier, que participou da reunião, teria manifestado apoio à ideia. Heleno, no entanto, criticou a divulgação de trechos da delação de Mauro Cid. “Me estranha muito, porque a delação está ainda sigilosa. Ninguém sabe o que o Cid falou“, declarou o ex-GSI.
Ainda durante o seu depoimento, Heleno afirmou que “jamais tratou de assuntos eleitorais” com seus subordinados no GSI. O militar também afirmou que deixou de ser ministro no dia 31 de dezembro e que, portanto, não teria condições de prestar esclarecimentos sobre o 8 de janeiro.
Heleno disse também que jamais esteve no acampamento golpista no QG do Exército em Brasília, porque não achava que era algo que interessasse. “Era uma manifestação política e pacífica”, disse.
Heleno calou apenas quando questionado se participou de reunião com o hacker Walter Delgatti Neto. Ele negou conhecimento sobre a famigerada “minuta do golpe” e classificou a trama para plantar uma bomba no acesso ao aeroporto de Brasília como episódio “isolado”. Além disso, o ex-ministro disse que segue “achando que bandido não sobe a rampa“.
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