Haddad vê crescer “alinhamento” entre big techs e “extrema direita”
Ministro de Lula afirma que "barbaridades" na internet devem aumentar com avanço das big techs aliadas ao "fascismo"
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que a disseminação de notícias falsas deve crescer após o alinhamento das grandes empresas de tecnologia ao “fascismo e à extrema direita”.
A declaração foi feita após o anúncio da Meta, empresa responsável pelo Instagram e Facebook, de que implementaria mudanças em seu sistema de verificação de informações online.
“Parece que depois desse alinhamento das big techs com a extrema direita, nós vamos ter efetivamente dias difíceis pela frente. Isso consome energia do governo, do Estado, dos funcionários públicos para combater um tipo de barbaridade que, na minha opinião, com esse alinhamento com o fascismo, deve acontecer mais”, declarou o ministro nesta terça-feira (14).
Fake news com Haddad
Haddad também lamentou ter sido alvo de informações falsas nos últimos dias, incluindo um vídeo manipulado por meio de deep fake — uma técnica que usa inteligência artificial para criar imagens, vídeos e sons falsos. Segundo o ministro, existe uma “extrema direita organizada” no mundo, com “grande poder de influência”.
O vídeo mencionado por Haddad, criado com o uso de inteligência artificial, mostra o ministro falando sobre “taxar tudo esse ano”, além de sugerir novos impostos sobre animais de estimação e outros temas.
E o alinhamento entre governo e Supremo?
O discurso do Planalto sobre as big techs é o mesmo adotado por membros do Supremo Tribunal Federal (STF).
Como mostramos, o próprio ministro Alexandre de Moraes, do STF, deu um recado nesta quarta-feira, 8 de janeiro, às chamadas big techs.
“Aqui no Brasil, a nossa Justiça Eleitoral e o nosso STF, ambos já demonstraram que aqui é uma terra que tem lei. As redes sociais não são terra sem lei. No Brasil, [as redes sociais] só continuarão a operar se respeitarem a legislação brasileira. Independentemente de bravatas de dirigentes irresponsáveis das big techs”, afirmou o ministro.
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