Haddad segue enrolando sobre corte de gastos
"Hoje nós temos ainda uma reunião com presidente Lula. Não sei se tem tempo hábil. Se o presidente autorizar, anunciamos", disse o ministro
O anúncio do pacote de corte de gastos do governo Lula (PT) pode não ser concretizado esta semana, segundo afirmou o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, a jornalistas nesta quarta-feira, 13.
Desta vez, o argumento de Haddad é a autorização oficial de Lula:
“Hoje nós temos ainda uma reunião com presidente Lula. Não sei se tem tempo hábil. Se o presidente autorizar, anunciamos. Assim que ele der autorização, nós estamos prontos para dar publicidade aos detalhes que estão sendo ditos aqui.“
Nesta quarta, o ministro se encontrou com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP), para explicar a medida de revisão de gastos:
“Fui até o presidente Lira para apresentar em linhas gerais, detalhar tudo, das ideias que vão compor as medidas fiscais que serão anunciadas“.
Haddad afirmou que Lira “vai fazer todo o esforço necessário” para aprovar o pacote ainda em 2024:
“Ele [Lira] acredita que o arcabouço foi muito bem recebido pelo Congresso. Ele consegue perceber mais do que ninguém, que é necessário esse tipo de condução.”
A pedido de Lula, Haddad também se reuniu com o ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, e os comandantes das Forças Armadas antes de confirmar o texto final a ser anunciado.
Haddad afirmou que as equipes técnicas das pastas vão ver se “conseguem, em tempo hábil, adicionar algumas medidas no conjunto daquelas pactuadas”.
Na segunda-feira, 11, porém, o ministro havia dito que “o debate foi concluído” com os ministérios após uma semana inteira de negociações.
O suspense de Haddad
Haddad, na segunda-feira, 11, afirmou que Lula havia pedido a inclusão de mais um ministério para o anúncio do pacote de corte de gastos, mas não revelou sobre qual pasta se tratava a solicitação.
O presidente pediu para incluir um ministério nesse esforço, uma negociação que deve ser concluída até quarta-feira . Eu não vou adiantar [qual], porque não sei se vai haver tempo hábil de incorporar o pedido. Mas acredito que vai haver boa vontade“, disse.
A economia reage a incerteza sobre o corte de gastos. O dólar fechou, nesta quarta-feira, 13, a R$ 5,79 conforme a preocupação sobre o quadro fiscal do país.
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