Haddad sobre Marçal: “Temos um estelionatário concorrendo à prefeitura”
Ministro da Fazenda se manifestou sobre o laudo falso usado por Marçal para incriminar Guilherme Boulos
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, acusou o candidato à prefeitura de São Paulo pelo PRTB, Pablo Marçal, de estelionato ao mencionar o laudo publicado nas redes sociais do ex-coach, acusando o candidato do PSOL, Guilherme Boulos, de ter sido internado pelo uso de cocaína.
A perícia do Instituto de Criminalística de São Paulo determinou, neste sábado, 5, que o documento apresentado por Marçal é falso. “Temos um estelionatário concorrendo à prefeitura de São Paulo. É uma coisa muito grave. Uma pessoa que é estelionatária e foi acusada, condenada por estelionato e comete um estelionato durante a campanha eleitoral”, disse o ministro da Fazenda ao deixar seu local de votação, em Moema, neste domingo,05.
Inelegibilidade
Como mostramos, Carla Maria de Oliveira Souza, filha do médico José Roberto de Souza, entrou com uma ação popular pedindo a inelegibilidade de Pablo Marçal (PRTB). O influencer divulgou um laudo com uma assinatura falsa do médico para acusar Guilherme Boulos (PSOL) de uso de drogas.
Na ação, Carla alega que o ex-coach usou de falsidade ideológica para atacar adversário político e pediu, em caráter de urgência, que Marçal seja impedido de concorrer nas eleições deste ano.
“Aquela assinatura não é dele”
Uma ex-funcionária de José Roberto de Souza, médico responsável pelo laudo publicado por Pablo Marçal (PRTB), disse ao jornal O Globo não reconhecer a assinatura que consta no documento divulgado pelo candidato.
“Trabalhei 31 anos com o doutor José Roberto. Aquela assinatura não é dele. Ele sempre falava: ‘Faço a assinatura desse jeito porque nunca ninguém vai conseguir falsificar’. Quando vi aquela assinatura, isso veio na minha cabeça e decidi zelar pelo nome dele”, disse Iolanda Rodrigues.
Ela também enviou ao jornal imagens de um certificado de conclusão de um curso que fez no Instituto de Hematologia e Hemoterapia de Campinas (IHHC), avalizado pelo patrão. O médico José Roberto de Souza, cuja assinatura aparece no receituário usado por Marçal, ingressou no Conselho Regional de Medicina em São Paulo em 1972 e já faleceu.
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