Hackers provavelmente queriam informações confidenciais, diz Moro
Em depoimento hoje na ação penal contra os hackers que roubaram mensagens da Lava Jato, Sergio Moro afirmou que, ao tentarem invadir seu celular, no ano passado, eles "queriam obter provavelmente informações de Estado confidenciais"...
Em depoimento hoje na ação penal contra os hackers que roubaram mensagens da Lava Jato, Sergio Moro afirmou que, ao tentarem invadir seu celular, no ano passado, eles “queriam obter provavelmente informações de Estado confidenciais”.
Moro foi questionado pelo advogado de Walter Delgatti, considerado o líder do grupo, por que pediu uma investigação como ministro da Justiça e não como um cidadão comum, uma vez que o celular era particular.
“Esse telefone, embora privado, eu utilizava para comunicações oficiais, de governo. Comunicações que precisavam ser formalizadas, eu fazia no papel. Mas não significa que não utilizava o celular para tratar assuntos de trabalho, de governo e de ministério”, respondeu o ex-ministro.
“Fui atacado, pelo meu celular, na condição de ministro da Justiça e de Segurança Pública, seja para que fossem capturadas mensagens relativas ao meu período de atuação como juiz federal, ou seja como mensagens relativas a atuação como ministro da Justiça. Na condição de ministro, a autoridade de Estado atacada por hackers que queriam obter provavelmente informações de Estado confidenciais, eu fiz a representação”, afirmou em seguida.
O ataque não deu certo, porque, segundo Moro, ele deixou de usar o Telegram em 2017 e as mensagens que havia trocado foram apagadas.
Ele disse, no entanto, que se sentiu violado no aspecto oficial e pessoal. “Afinal de contas, o celular que eu utilizava para as duas coisas foi atacado”, disse.
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