Hackers colocam à venda dados de Bolsonaro, Gilmar, Alexandre de Moraes e outras autoridades
Ao investigar o hipervazamento de 223 milhões de CPFs, 40 milhões de CNPJs e 104 milhões de registros de veículos -- ninguém sabe de onde, visto que o Serasa, apontado inicialmente como vítima do ataque hacker, constatou que não foi da sua base de dados--, o Estadão descobriu que informações de autoridades como Jair Bolsonaro, Rodrigo Maia, Davi Alcolumbre e os onze ministros do STF foram colocadas à venda na internet pelos criminosos...
Ao investigar o hipervazamento de 223 milhões de CPFs, 40 milhões de CNPJs e 104 milhões de registros de veículos — ninguém sabe de onde, visto que o Serasa, apontado inicialmente como vítima do ataque hacker, constatou que não foi da sua base de dados–, o Estadão descobriu que informações de autoridades como Jair Bolsonaro, Rodrigo Maia, Davi Alcolumbre e os onze ministros do STF foram colocadas à venda na internet pelos criminosos. De Gilmar Mendes e Alexandre de Moraes, por exemplo, pode-se obter os dados de PIS, renda e salário. Rosa Weber, por sua vez, tem à venda dados referentes ao imposto de renda de 2017.
Diz o jornal:
“O hacker está oferecendo informações em 37 categorias: básico simples, básico completo, e-mail, telefone, endereço, Mosaic (um serviço oferecido pelo Serasa), ocupação, score de crédito, registro geral, título de eleitor, escolaridade, empresarial, Receita Federal, classe social, estado civil, emprego, afinidade, modelo analítico, poder aquisitivo, fotos de rostos, servidores públicos, cheques sem fundos, devedores, Bolsa Família, universitários, conselhos, domicílios, vínculos, LinkedIn, salário, renda, óbitos, IRPF, INSS, FGTS, CNS, NIS e PIS. Segundo o catálogo, a maioria das informações são referentes ao ano de 2019, mas há bases de 2017, 2018 e 2020 no pacote. A categoria ‘fotos de rostos’ também inclui arquivos entre 2012 e 2020.”
O preço mínimo do pacote é 500 dólares, com limite de dez categorias para um mesmo CPF. O cruzamento de dados pode levar a que relações familiares pouco visíveis — e indesejáveis — sejam reveladas. “A base de dados chamada ‘vínculos’ promete entregar relações familiares em primeiro e segundo grau. A partir disso, seria possível fazer buscas sobre essas pessoas. Entre as 14 autoridades analisadas, apenas cinco (Maia, Alcolumbre, Cármen Lúcia, Kassio Nunes e Marco Aurélio Mello) não têm dados na base vínculos à venda (de informações”, publica o Estadão.
Como o STF agora aceita mensagens roubadas como provas de suposto crimes, pode haver uma avenida aí.
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