Guedes manda às favas agenda liberal e confirma ‘populismo petista’ de Bolsonaro para 2022
Paulo Guedes confirmou à Folha o que O Antagonista alertou na sexta-feira sobre o risco de Jair Bolsonaro aprofundar o populismo em reação ao crescimento de Lula nas pesquisas eleitorais...
Paulo Guedes confirmou à Folha o que O Antagonista alertou na sexta-feira sobre o risco de Jair Bolsonaro aprofundar o populismo em reação ao crescimento de Lula nas pesquisas eleitorais.
“Nós jogamos na defesa nos primeiros três anos, controlando despesas. Agora vem a eleição? Nós vamos para o ataque. Vai ter Bolsa Família melhorado, BIP [Bônus de Inclusão Produtiva], o BIQ [Bônus de Incentivo à Qualificação], vai ter uma porção de coisa boa para vocês baterem palma. Tudo certinho, feito com seriedade, sem furar teto, sem confusão.”
E repetiu o discurso que Lula fazia durante sua gestão. “Em 40 anos, nunca saiu tanta gente da pobreza. Você quer ajudar o pobre, faz uma transferência direta para ele em vez de criar um aparato estatal.”
Sem admitir o Bolsolão, Guedes defendeu a aliança com o Centrão. Disse que “foi só eleger os presidentes da Câmara e do Senado que veio a aprovação de várias medidas”. “Tudo começou a andar, está acelerando o ritmo de reformas.”
E defendeu o chefe com unhas e dentes, chamando Jair Bolsonaro de “animal político” com um “instinto político enorme”, para, em seguida, dizer que “os liberais sempre foram politicamente inábeis —por isso nunca teve governo liberal no Brasil”. “O liberal é um ser abstrato”, afirmou.
O ministro da Economia justificou assim as demissões do presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, e do Banco do Brasil, André Brandão:
“Na Petrobras e no BB, o que foram os gatilhos? Na semana da eleição na Câmara, um fala que vai fechar agências para aperfeiçoar a governança de banco. Outro ser abstrato defende o preço internacional do petróleo —e os caminhoneiros ameaçavam fazer greve. Você pergunta se eu estou aborrecido? Evidentemente. Mas o presidente fala: “Vocês não percebem que existe política? Vocês acham que fazem política econômica no vácuo? Isso é falta de sensibilidade. Vou trocar”. E ele fez tudo direitinho, expirou o mandato do presidente da Petrobras, interrompeu. O outro pediu para sair. Então, é claro que houve uma redução de aderência ao plano liberal.”
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