Guedes diz que inflação em 2022 deve ficar acima da previsão do mercado
Em evento do setor financeiro nesta quarta-feira (17), o tesoureiro da campanha de Jair Bolsonaro à reeleição, Paulo Guedes, afirmou que o problema do Brasil no próximo ano não será o crescimento baixo, mas a inflação “resiliente”...
Em evento do setor financeiro nesta quarta-feira (17), o tesoureiro da campanha de Jair Bolsonaro à reeleição, Paulo Guedes, afirmou que o problema do Brasil no próximo ano não será o crescimento baixo, mas a inflação “resiliente”.
Na mesma ocasião, Guedes declarou que alterar a regra do teto de gastos —que impede o crescimento das despesas da União acima da inflação— “foi certamente oportunista, de um ponto de vista político, mas é razoável”.
“Tecnicamente é defensável, porque falta uma sincronização da inflação do teto com a inflação dos gastos públicos, de janeiro para janeiro. Sincronizar as despesas ao teto parece razoável”, acrescentou, como se houvesse interesse em algo além do eleitoreiro Auxílio Brasil.
O tesoureiro repetiu seu discurso de fé no crescimento, contrariando os analistas. “Preveem que no ano que vem o mundo vai crescer 5 ou 6% e o Brasil, 0% ou 1%. Vamos ver… no ano que vem conversaremos de novo. Eles vão ficar envergonhados. O problema será a inflação resiliente. Não há baixo crescimento.”
E culpou a política, ou a não implementação das reformas “com a velocidade necessária”. “Tem muito barulho político, obstruções, mas ainda acredito que o Congresso nos apoiará com as reformas. A inflação provavelmente será um pouquinho maior do que vocês preveem.”
Se Paulo Guedes, convicto habitante do universo paralelo, acredita que a inflação pode ser ainda pior do que o mercado prevê, o Brasil está mesmo lascado.
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