Guarda civil acusada de integrar milícia na Cracolândia deixa prisão
Renata Oliva Scorsafav é acusada de integrar uma milícia na Cracolândia e foi presa no último dia 6 de agosto durante a operação Salus et Dignitas
A Justiça de São Paulo concedeu prisão domiciliar à guarda civil metropolitana (GCM) Renata Oliva Scorsafava, acusada de integrar uma milícia suspeita de atuar na região da Cracolândia, no centro da capital. Ela e outro três GCMs haviam sido presos no último dia 6 de agosto durante a operação Salus et Dignitas.
O juiz Leonardo Valente Barreiros, da 1ª Vara de Crimes Tributários, Organização Criminosa e Lavagem de Dinheiro, acolheu o pedido da defesa de Renata e afirmou que a prisão pode impedi-la de cuidar do filho de 11 meses. De acordo com a investigação, a integrante da guarda civil participava do esquema de extorsão contra comerciantes em troca de proteção contra criminosos e usuários de drogas na região da cracolândia.
Ainda de acordo com os investigadores do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), Renata e seu marido, Luis Felipe Scorsafava, soldado da Polícia Militar (PM), são sócios de uma empresa de segurança. Ela teria usado suas contas bancárias para dissimular valores movimentados pela suposta milícia.
Segundo a denúncia, eles “exigiram, para si, direta ou indiretamente, em razão da função de guardas-civis metropolitanos, vantagem indevida consistente em ‘taxa de proteção’ ou ‘segurança privada’ de comerciantes da região central da cidade”.
Através das investigações, os promotores descobriram que os guardas recebiam dinheiro dos comerciantes através de depósito na própria conta ou nas de parentes e terceiros.
Ao conceder a prisão domiciliar, o juiz afirmou que afastar a criança da mãe neste momento pode causar prejuízos. “Ainda que gravíssimos os crimes investigados na presente cautelar, e com vistas a preservar o melhor interesse da prole, notadamente de tenra idade ainda em fase de amamentação (cujo afastamento da mãe pode causar prejuízos), entendo presentes os requisitos para a concessão de prisão domiciliar à investigada”, afirmou.
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