Grampos ligam presidente da Alesp a condenado por desvios na saúde, diz jornal
A Polícia Civil de São Paulo interceptou telefonemas em que o presidente da Alesp, Carlão Pignatari (PSDB), intermedeia a entrega da administração de dois hospitais para organizações sociais do grupo do médico Cleudson Garcia Montali, diz o Estadão. Montali foi condenado a 200 anos de prisão por liderar uma organização criminosa envolvida no desvio de R$ 500 milhões da Saúde...
A Polícia Civil de São Paulo interceptou telefonemas em que o presidente da Alesp, Carlão Pignatari (PSDB), intermedeia a entrega da administração de dois hospitais para organizações sociais do grupo do médico Cleudson Garcia Montali, diz o Estadão.
Montali foi condenado a 200 anos de prisão por liderar uma organização criminosa envolvida no desvio de R$ 500 milhões da Saúde.
Nas conversas, o médico presta contas ao deputado de suas ações. Na época, ele já era investigado pela polícia e pelo MPE.
Montali foi alvo da Operação X, que apurou fraudes na gestão de hospitais de 27 cidades. Hoje, ele está preso.
No dia 22 de maio de 2019, Montali telefonou para o deputado e ouviu uma solicitação. “Deixa eu te fazer um pedido, o prefeito de Santa Fé ‘tá’ com um problema sério na Santa Casa dele lá. ‘Cê’ não quer pedir pra alguém ‘dá’ uma olhada lá e vê se põe uma OS tua pra gerenciar aquilo?”
O médico, que estava com o telefone interceptado com autorização da Justiça, respondeu: “Claro, claro. Só que eu…O senhor pode me passar o telefone?”
Em 27 de maio de 2019, a Polícia Civil flagrou nova conversa sobre o caso, desta vez entre Montali e o então prefeito de Santa Fé do Sul, Ademir Maschio (DEM).
No diálogo, os dois tratam o deputado como “nosso amigo”. Era a sequência do diálogo com o deputado. O médico perguntou se podia mandar uma equipe de “umas três, quatro pessoas para fazer um levantamentozinho para nós”. O prefeito respondeu: “O dia que o senhor quiser!”
Segundo o Ministério Público, o grupo de Cleudson usava notas frias e desviava grande parte dos recursos repassada às organizações sociais por meio de superfaturamento de compras e de serviços não executados.
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