Governo teme impacto de greve de servidores na popularidade de Bolsonaro
Assessores de Jair Bolsonaro (PL) disseram a O Antagonista que temem que a greve dos servidores públicos, com a paralisação de serviços prestados aos cidadãos, possa afetar a popularidade do presidente da República...
Assessores de Jair Bolsonaro (PL) disseram a O Antagonista que temem que a greve dos servidores públicos, com a paralisação de serviços prestados aos cidadãos, possa afetar a popularidade do presidente da República.
“Essa situação é bastante preocupante. Os servidores têm um poder de pressão forte e uma greve geral em ano eleitoral é péssimo para os cidadãos e para os planos eleitorais do presidente. O desgaste pode ser enorme”, disse reservadamente a este site um auxiliar de Jair Bolsonaro.
Há entre os auxiliares de Bolsonaro o temor de que os serviços que demandam atendimento presencial, como a concessão de aposentadorias e a realização de perícias pelo INSS, sejam afetados e aumentem o descontentamento da população com o governo.
Segundo assessores de Bolsonaro, serão apresentadas ao Judiciário ações para evitar a paralisia completa dos serviços públicos.
Como mostramos, sindicatos e associações que estudam uma greve geral do funcionalismo público a partir da segunda quinzena de fevereiro querem um reajuste salarial de 28%. Esse valor corresponde à inflação acumulada entre janeiro de 2017 e dezembro de 2021.
Antes da greve geral, uma paralisação está marcada para hoje. Às 10h, os servidores farão um protesto no Banco Central (BC), em Brasília; e às 14h, no Ministério da Economia, onde Paulo Guedes despacha.
São esperados nas manifestações servidores da Receita Federal, do BC, da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), da Controladoria-Geral da União (CGU), do Tesouro Nacional, servidores da Superintendência de Seguros Privados( Susep), das agências de regulação, do Itamaraty, auditores do trabalho, auditores fiscais federais agropecuários, gestores, além de servidores do Legislativo, do Judiciário e do Tribunal de Contas da União (TCU).
Paulo Guedes é contra a concessão de reajustes para servidores. Segundo o ministro, o aumento de salários pressionaria a inflação e afetaria negativamente as contas públicas, já em frangalhos. A decisão final sobre o assunto, como mostramos, cabe ao presidente Jair Bolsonaro.
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