Governo recua e PEC anti-Bolsonaro ficará restrita a eleições
O governo federal recuou e anunciou há pouco que apoiará uma PEC anti-Bolsonaro restrita a militares que disputarem as eleições...
O governo federal recuou e anunciou há pouco que apoiará uma PEC anti-Bolsonaro restrita a militares que disputarem as eleições.
Após reunião com o ministro da Defesa, José Múcio, e com o líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), nesta quarta-feira (30), o chefe das Relações Institucionais, Alexandre Padilha (foto), disse que houve concordância para a limitação do projeto “à questão da candidatura de membros das Forças Armadas”.
Originalmente, o texto previa veto à possibilidade de militares da ativa assumirem ministérios. Contudo, segundo o senador Jaques Wagner, o entendimento “poderia caracterizar um tom discriminatório”.
“No caso dos ministros, não é a mesma coisa, porque precisa de um convite da Presidência da República, não é um ato voluntario de cada um. Estamos focando no ato voluntário”, afirmou.
O senador também disse que “não seria razoável” entrar com o texto sem consultar o Ministério da Defesa e saber como a proposta seria recebida pelas Forças Armadas.
“Felizmente, o ministro [Múcio] nos transmite que há uma pacificação no comando e nas três Forças e no próprio ministério nesse tema, que acham positivo para convivência dentro das Forças”, afirmou.
A PEC é vista como uma espécie de vacina à politização das Forças Armadas, amplamente incentivada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro.
Nos próximos dias, o governo federal enviará ao Congresso o texto da PEC que deverá restringir a participação de militares na política.
No entanto, para valer em 2024, o projeto precisa ser aprovado no Congresso até outubro.
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