Governo Lula fica em silêncio sobre a eliminação do líder do Hamas
Apesar do simbolismo da eliminação, o governo brasileiro não emitiu qualquer comunicado sobre o caso
O Ministério das Relações Exteriores não emitiu, até a manhã desta sexta-feira, 18, qualquer manifestação do governo brasileiro a respeito da eliminação de Yahya Sinwar, líder máximo do Hamas, durante uma operação militar em Rafah, no sul da Faixa de Gaza.
A confirmação da morte de Yahya Sinwar ocorreu poucas horas antes do início de Sucot, festividade que começa ao entardecer no calendário judaico. Sucot, ou Festa dos Tabernáculos, relembra os 40 anos que os hebreus passaram no deserto, abrigados em cabanas temporárias sob a proteção divina.
Apesar do simbolismo da eliminação, o governo brasileiro não emitiu qualquer comunicado sobre o caso. Nesta quinta, o Itamaraty divulgou duas notas burocráticas. Uma sobre a visita ao Brasil do Ministro das Relações Exteriores do Suriname, Albert Ramdin, que ocorrerá nesta sexta-feira e outra a respeito da abertura de mercado no Catar para a exportação de carne de caprinos e de ovinos do Brasil.
Como alertou o diretor de jornalismo de O Antagonista/Crusoé, Felipe Moura Brasil, em artigo publicado em outubro do ano passado, o governo brasileiro se manifestou sobre o ataque terrorista do Hamas de 7 de outubro apenas nove dias após o episódio. E ainda assim sob a lógica invertida dos petistas.
“Seu partido, o PT, apenas nove dias depois do assassinato de cerca de 1.300 israelenses e mais três brasileiros, além do sequestro de 199 pessoas, incluindo bebês, mostrou sua moral invertida ao acusar Israel de ‘genocídio’ e ‘crimes de guerra’, inventando até ‘sequestros’ de civis cometidos pelo Estado judeu, vítima dos terroristas do Hamas”, afirmou.
Em agosto deste ano, este portal, em outro artigo de Felipe Moura Brasil, também alertou que o governo Lula lamentou como “falecimento” o assassinato do brasileiro Ranani Nidejelski Glazer, cometido pelo Hamas em 7 de outubro de 2013, em Israel, e condenou como “assassinato” a eliminação de Ismail Haniyeh, líder do grupo terrorista, em 1º de agosto de 2024, em Teerã.
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, por exemplo, afirmou em comunicado oficial, que a eliminação de Sinwar é um “bom dia para Israel, para os EUA e para o mundo”. Seu comunicado foi emitido duas horas após a confirmação da morte do líder terrorista.
“No início desta manhã, autoridades israelenses informaram minha equipe de segurança nacional que uma missão que eles conduziram em Gaza provavelmente matou o líder do Hamas, Yahya Sinwar. Testes de DNA agora confirmaram que Sinwar está morto. Este é um bom dia para Israel, para os Estados Unidos e para o mundo”, disse Biden.
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