Governo empurra aumento do salário mínimo para mesa de negociação
O Governo Federal tenta ganhar tempo para articular a revisão do salário mínimo nos moldes defendidos por Lula (PT) durante a campanha eleitoral...
O Governo Federal tenta ganhar tempo para articular a revisão do salário mínimo nos moldes defendidos por Lula (PT) durante a campanha eleitoral. Nesta quarta-feira (18), o presidente participou de um evento com mais de 600 sindicalistas apenas para assinar uma portaria que cria um grupo de trabalho para negociação do valor do pagamento base.
A equipe econômica do governo tem feito oposição ao reajuste indicado durante a transição, que levaria o salário a R$ 1.320. Na plateia do evento, estava o ministro da Fazenda em exercício, Gabriel Galipolo, representando o titular, Fernando Haddad, que participa do Fórum Econômico Global, na Suíça.
Segundo explicou a ala econômica na última semana, o montante de R$ 6,8 bilhões, que seria destinado ao cumprimento da promessa, foi consumido pela fila do INSS. Agora, caberia à Previdência refazer as contas.
Longe de qualquer definição para o impasse, a agenda de hoje foi uma sinalização para as principais centrais sindicais, que são base eleitoral do governo petista. “O que você tem aqui não é um presidente da República, você tem aqui um sindicalista que virou presidente da República”, disse Lula em seu discurso.
Assim, o presidente evitou confronto direto, e deixou para Marinho as respostas em relação à pauta principal do encontro.
“O salário mínimo está em vigor, R$ 1302. A partir daqui nós vamos construir na mesa de negociação neste grupo instituído a partir do despacho do presidente Lula com previsibilidade, com serenidade, com pé no chão”, disse o ministro.
Após o evento, Marinho afirmou que uma alteração no valor do pagamento seria apresentada até 1º maio, dia do Trabalhador.
Sindicalistas presentes na cerimônia disseram a O Antagonista que, apesar da vontade e da grande expectativa, o aumento que virá deve ser “irrisório”, como adjetivaram, de cerca de R$ 30.
Ainda sem solução para o mínimo, Marinho incluiu a valorização de servidores públicos em sua fala, e disse que será organizada uma agenda para discutir aumento salarial com a ministra da Gestão, Esther Dweck.
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