Governo convida juíza de caso da menina de 11 anos de SC para audiência pública sobre aborto
O Ministério da Saúde realizou nesta terça-feira (28) uma audiência pública sobre o aborto em que ativistas contra o aborto foram convidadas, mas manifestantes a favor dos direitos reprodutivos da mulher foram impedidas de participar...
O Ministério da Saúde realizou nesta terça-feira (28) uma audiência pública sobre o aborto em que ativistas contra o aborto foram convidadas, mas manifestantes a favor dos direitos reprodutivos da mulher foram impedidas de participar.
Dentre as personalidades contrárias ao aborto que constam na lista de convidados, está a juíza Joana Ribeiro Zimmer (foto), de Santa Catarina.
Ela é a juíza que impediu uma menina de 11 anos estuprada de fazer um aborto legal.
Em sua decisão, para impedir o aborto, Zimmer chegou a prender a criança em um abrigo longe de sua mãe por um mês.
Após revelação do caso pela imprensa na semana passada, a juíza deixou o caso, alegando promoção anterior à polêmica; o MP interviu no caso e o TJSC liberou a realização do aborto, que ocorreu na quinta-feira (23).
A juíza é especialista na área da primeira infância, e tem sido associada à questão do aborto apenas após a repercussão do caso.
Além de Zimmer, pelo menos outras duas personalidades contrárias ao aborto foram convidadas: a deputada bolsonarista Bia Kicis e uma conselheira de Donald Trump, Valerie Huber.
A lista de convidados para a audiência pública, na qual consta os nomes do trio, está divulgada no site do governo federal.
Em contrapartida, segundo o G1, entidades que defendem os direitos reprodutivos das mulheres foram barradas na porta da audiência.
Ironicamente, como consta no site do governo federal, uma audiência pública é um ambiente de “ampla consulta à sociedade”, e “especial da população diretamente afetada pelo objeto do debate”.
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