O governo de Jair Bolsonaro negou, em fevereiro de 2020, um pedido de verba feito pelo governo de João Doria para a construção de piscinões na Grande São Paulo. Na época, a região foi atingida por fortes chuvas.

Agora, dois anos depois, 27 pessoas morreram em razão de desabamentos e deslizamentos de terra, provocados por novas chuvas que afetaram a área.

Em documento obtido pelo UOL, datado de 13 de fevereiro de 2020, o secretário estadual de Infraestrutura e Meio Ambiente, Marcos Penido, escreveu ao Ministério do Desenvolvimento Regional que a rede de drenagem paulista, “apesar de robusta, não está completa”.

Segundo ele, a expansão da rede era “urgente”, “em virtude da mudança no regime de chuvas que tem trazido volumes de água que extrapolam a capacidade de armazenamento e manutenção dos principais rios dentro dos seus respectivos leitos”.

O Governo de SP solicitou R$ 381 milhões para cinco obras para reservatórios de detenção e controle de cheias nas cidades de Mauá, Franco da Rocha, Guarulhos e na capital.

Em abril de 2020, a Secretaria Nacional de Saneamento disse que, naquele momento, não existia “dotação orçamentária disponível”. O órgão sugeriu que o estado buscasse recursos em emendas parlamentares.