Governo Bolsonaro multiplicou por 9 jetom a reservistas de escolas cívico-militares
Durante os anos de 2020 e 2022, o governo Jair Bolsonaro multiplicou por nove o valor do jetom pago a reservistas das Forças Armadas que trabalhavam nas escolas cívico-militares. Segundo nota técnica do MEC sobre o fim do modelo obtida por este site...
Durante os anos de 2020 e 2022, o governo Jair Bolsonaro multiplicou por nove o valor do jetom pago a reservistas das Forças Armadas que trabalhavam nas escolas cívico-militares. Segundo nota técnica do MEC sobre o fim do modelo obtida por este site, o valor gasto com os assessores e monitores escolares saltou de R$ 7 milhões em 2020 para R$ 64 milhões no ano passado.
Para 2023, o MEC espera gastar R$ 86,5 milhões com a manutenção do programa. Ao todo, 120 escolas no país adotaram o modelo.
No modelo de escolas cívico-militares, as secretarias de educação são responsáveis pelos currículos escolares, e a caserna fica responsável pela aplicação do conteúdo didático, por meio de assessores e monitores.
Segundo o MEC, o alto custo dos monitores foi uma das justificativas para se acabar com os colégios cívico-militares. A outra, conforme publicamos mais cedo, é que esses colégios fomentavam um modelo de elite, que não podia ser acompanhado pelas outras escolas exclusivamente civis.
Sobre os gastos, um fator questionado pelo MEC diz respeito à remuneração de militares da reserva que participavam do programa. De acordo com a pasta, um coronel recebia um jeton de R$ 9,1 mil para assessorar as escolas; o major, R$ 8 mil.
“No caso de um oficial de graduação superior, a remuneração média mensal empenhada a título de gratificação para exercer atividades orbita na casa dos R$ 8.000,00 reais, pouquíssimos diretores das escolas em que eles atuam alcançam isso como salário”, argumenta o MEC na nota técnica.
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