Governo gasta R$ 1,2 bi com poços no sertão sem entregar água, diz jornal
O governo Bolsonaro gastou, pelo menos, R$ 1,2 bilhão para fazer poços artesianos no Nordeste e no norte de Minas Gerais, em projeto conhecido como "força-tarefa das águas". Entretanto, irregularidades nos pregões resultaram em "cemitério de poços abandonados", noticiou O Estado de S. Paulo nesta terça-feira (16)...
O governo Bolsonaro gastou, pelo menos, R$ 1,2 bilhão para fazer poços artesianos no Nordeste e no norte de Minas Gerais, em projeto conhecido como “força-tarefa das águas”. Entretanto, irregularidades nos pregões resultaram em um “cemitério de poços abandonados”, noticiou O Estado de S. Paulo nesta terça-feira (16).
Segundo apuração do jornal, que não informa o número total de poços incompletos ou defeituosos, documentos mostram irregularidades em pregões milionários.
Alguns desses pregões foram concluídos em dez minutos. Há também certames prevendo reserva de recursos para perfuração de novos poços mesmo sem a conclusão de outros que já estavam em andamento.
“As licitações para a construção de poços no país são genéricas. Parte dos editais da administração federal não informa a localidade exata onde o poço deve ser perfurado. Há pregões em que nem o tipo de rocha é especificado”, diz a reportagem.
“Para especialistas em auditoria de obras públicas, isso influencia no preço final do contrato e limita a concorrência de empresas de pequeno e médio porte“, acrescenta.
Dentre os órgãos responsáveis pela “força-tarefa das águas” está a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), estatal que, no governo de Jair Bolsonaro, foi aparelhada pelo Centrão.
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