Governador defende controle total da segurança pública e fim da ADPF das Favelas
Em entrevista ao Bom Dia Rio da TV Globo nesta quarta, 30, Castro afirmou ser necessário revisar as leis sobre as ações de combate ao crime
O governador Cláudio Castro (PL-RJ) defende maior controle estadual sobre a segurança pública e a extinção da ADPF das Favelas, decisão judicial que limita ações policiais em comunidades no Rio de Janeiro. Em entrevista ao Bom Dia Rio da TV Globo nesta quarta, 30, Castro afirmou ser necessário revisar as leis para que o governo estadual tenha “controle total” sobre as ações de segurança.
A declaração surge após uma sequência de episódios violentos no Rio de Janeiro, incluindo um tiroteio recente na Avenida Brasil, que deixou três mortos e dois feridos. O governador classificou o incidente como “terrorismo” e atribuiu a responsabilidade ao tráfico de drogas.
Segundo ele, o ataque seria uma represália a operações policiais que chegaram próximas de prender um líder do tráfico conhecido como “Peixão”. Além disso, o governador mencionou os R$ 4 bilhões investidos em segurança pública e destacou apreensões significativas, com 540 fuzis e 55 toneladas de drogas retiradas de circulação em 2024.
Impacto da ADPF das Favelas
A ADPF das Favelas (Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental 635) foi implementada em 2020 para restringir operações policiais em comunidades durante a pandemia de Covid-19, salvo casos excepcionais.
A partir de outubro de 2020, o número de operações e mortes voltou a crescer, evidenciando uma retomada das práticas de confrontos intensivos. Castro afirma que a ADPF limita a ação da polícia, dificultando o combate ao tráfico em áreas controladas por facções criminosas. Ele pede maior apoio federal no enfrentamento ao tráfico de armas e drogas, o que considera fundamental para a efetividade das operações estaduais.
A recente recriação da Secretaria de Segurança Pública, antes abolida por ele, é justificada como uma resposta à “complexidade do cenário de segurança”. Ao defender mais liberdade para a polícia atuar nas comunidades e o fim da ADPF, Castro sugere que a violência se agravaria sem as operações, reiterando que a legislação atual impede avanços decisivos.
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