Google e Facebook se defendem da ofensiva do STF Google e Facebook se defendem da ofensiva do STF
O Antagonista

Google e Facebook se defendem da ofensiva do STF

avatar
Redação O Antagonista
4 minutos de leitura 04.12.2024 09:25 comentários
Brasil

Google e Facebook se defendem da ofensiva do STF

As big techs negam haver "inércia" e pedem critérios para evitar "insegurança jurídica e o incentivo à censura"

avatar
Redação O Antagonista
4 minutos de leitura 04.12.2024 09:25 comentários 0
Google e Facebook se defendem da ofensiva do STF
Foto: Antonio Augusto/STF

O Google e a Meta, duas das principais big techs do mundo, divulgaram posicionamentos para se defenderem da ofensiva do Supremo Tribunal Federal (STF) no julgamento dos processos que tratam da responsabilidade civil das redes sociais, que será retomado nesta quarta-feira, 4.

Embora o julgamento tenha sido iniciado na semana passada, ainda não há placar de votação formado. Somente o ministro Dias Toffoli, relator de um dos processos, iniciou a leitura do voto.

Representantes das redes sociais defenderam a manutenção da responsabilidade somente após o descumprimento de decisão judicial, alegando que o eventual monitoramento prévio configuraria censura.

Os ministros Alexandre de Moraes e Dias Toffoli, por sua vez, já indicaram que devem se manifestar a favor de balizas para obrigar as plataformas a retirarem conteúdos de forma mais rápida.

O que diz a Meta?

Em nota, a Meta, proprietária do Facebook, Instagram e WhatsApp, negou haver “inércia” por parte da empresa em relação aos conteúdos nocivos, alegando ter removido 2,9 milhões de conteúdos por violação de suas políticas durante o período eleitoral.

Eis o posicionamento da Meta:

“Como os números abaixo sobre moderação de conteúdo atestam, não há inércia da Meta para detectar e agir sobre conteúdos nocivos, ao contrário do que tem se ouvido no debate público. Além disso, nosso modelo de negócios não prospera em um ambiente online tóxico: os anunciantes não querem ver suas marcas vinculadas a conteúdos nocivos. (…)

O trabalho para garantir a integridade das nossas plataformas é permanente. No período eleitoral entre agosto e outubro deste ano, removemos mais de 2,9 milhões de conteúdos no Facebook, Instagram e Threads no Brasil por violação de nossas políticas de bullying e assédio, discurso de ódio e violência e incitação. (…)

O debate sobre atualização das regras da internet é importante, inclusive quanto ao artigo 19 do Marco Civil da Internet. A regra estabelece um sistema de responsabilização dos provedores de aplicação sobre conteúdos postados por terceiros privilegiando a liberdade de expressão, ao mesmo tempo permitindo que as plataformas moderem os conteúdos postados nelas.”

E o Google?

O Google, por sua vez, disse que “remove, com eficiência e em larga escala, conteúdos em violação às regras de cada uma de suas plataformas”.

Segundo a empresa, a abolição das regras que separam a responsabilidade civil das plataformas e dos usuários “não contribuirá para o fim da circulação de conteúdos indesejados na internet”.

A big tech defendeu o aprimoramento do Marco Civil da Internet desde que haja critérios para evitar “insegurança jurídica e o incentivo à censura”.

Leia a nota do Google:

“Abolir regras que separam a responsabilidade civil das plataformas e dos usuários não contribuirá para o fim da circulação de conteúdos indesejados na internet. O Marco Civil da Internet pode e deve ser aprimorado, desde que se estabeleçam garantias procedimentais e critérios que evitem insegurança jurídica e o incentivo à censura.

O Google remove, com eficiência e em larga escala, conteúdos em violação às regras de cada uma de suas plataformas. São centenas de milhões de conteúdos removidos por ano pela própria empresa, em linha com as regras públicas de cada produto.

Entretanto, boas práticas de moderação de conteúdo por empresas privadas são incapazes de lidar com todos os conteúdos controversos, na variedade e complexidade com que eles se apresentam na internet, refletindo a complexidade da própria sociedade. A atuação judicial nesses casos é um dos pontos mais importantes do Marco Civil da Internet, que reconhece a atribuição do Poder Judiciário para atuar nessas situações e traçar a fronteira entre discursos ilícitos e críticas legítimas.”

Leia também: A lição do advogado do Google ao STF sobre censura e democracia

  • Mais lidas
  • Mais comentadas
  • Últimas notícias
1

Rússia retira todos os navios de guerra da Síria

Visualizar notícia
2

Dispara reprovação de Lula no mercado, indica Quaest

Visualizar notícia
3

Os três absurdos de Lewandowski ao tentar justificar indiciamento de Van Hattem

Visualizar notícia
4

Mercado cai no real com Lula

Visualizar notícia
5

Propaganda cinematográfica da Marinha não foi recado a Haddad?

Visualizar notícia
6

Crusoé: O recado da OCDE para o governo Lula

Visualizar notícia
7

Google e Facebook se defendem da ofensiva do STF

Visualizar notícia
8

Metralhadora giratória, Gleisi Hoffmann ataca instituto de pesquisa

Visualizar notícia
9

Suprema Corte julga lei contra transições de gênero em crianças

Visualizar notícia
10

Mercado até simpatiza com Haddad, mas acha que ele não manda nada

Visualizar notícia
1

‘Queimadas do amor’: Toffoli é internado com inflamação no pulmão

Visualizar notícia
2

Sim, Dino assumiu a presidência

Visualizar notícia
3

O pedido de desculpas de Pablo Marçal a Tabata Amaral

Visualizar notícia
4

"Só falta ocuparem nossos gabinetes", diz senador sobre ministros do Supremo

Visualizar notícia
5

Explosões em dispositivos eletrônicos ferem mais de 2.500 no Líbano

Visualizar notícia
6

Datena a Marçal: “Eu não bato em covarde duas vezes”; haja testosterona

Visualizar notícia
7

Governo prepara anúncio de medidas para conter queimadas

Visualizar notícia
8

Crusoé: Missão da ONU conclui que Maduro adotou repressão "sem precedentes"

Visualizar notícia
9

Cadeirada de Datena representa ápice da baixaria nos debates em São Paulo

Visualizar notícia
10

Deputado apresenta PL Pablo Marçal, para conter agressões em debates

Visualizar notícia
1

Nora de Trump compara processos do americano aos de Bolsonaro

Visualizar notícia
2

Dino agiu como Robin Hood ao contrário nos cemitérios de SP

Visualizar notícia
3

Brasil empata com Marrocos como pior do mundo em matemática

Visualizar notícia
4

MPMG denuncia Alexandre Kalil por corrupção passiva

Visualizar notícia
5

Lira: Governo não tem votos para aprovar 'pacote de Haddad'

Visualizar notícia
6

Metralhadora giratória, Gleisi Hoffmann ataca instituto de pesquisa

Visualizar notícia
7

Blaze Login App - Guia de apostas pelo celular em 2024

Visualizar notícia
8

Calendário 13º Salário do INSS 04/12: Saiba como consultar o seu

Visualizar notícia
9

Corte de gastos: falta de consenso atrasa tramitação

Visualizar notícia
10

Starlink planeja lançar 7,5 mil novos satélites no Brasil

Visualizar notícia

Assine nossa newsletter

Inscreva-se e receba o conteúdo do O Antagonista em primeira mão!

Tags relacionadas

facebook Google
< Notícia Anterior

Concurso aberto: Vagas para agente administrativo com salários de até R$ 2.000

04.12.2024 00:00 4 minutos de leitura
Próxima notícia >

Isabel Veloso enfrenta novos desafios durante gravidez

04.12.2024 00:00 4 minutos de leitura
avatar

Redação O Antagonista

Suas redes

Instagram

Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.

Comentários (0)

Torne-se um assinante para comentar

Notícias relacionadas

Eduardo Tracanella é demitido do Itaú por motivo surpreendente

Eduardo Tracanella é demitido do Itaú por motivo surpreendente

Visualizar notícia
Brasil empata com Marrocos como pior do mundo em matemática

Brasil empata com Marrocos como pior do mundo em matemática

Visualizar notícia
MPMG denuncia Alexandre Kalil por corrupção passiva

MPMG denuncia Alexandre Kalil por corrupção passiva

Visualizar notícia
Lira: Governo não tem votos para aprovar 'pacote de Haddad'

Lira: Governo não tem votos para aprovar 'pacote de Haddad'

Deborah Sena Visualizar notícia
Icone casa

Seja nosso assinante

E tenha acesso exclusivo aos nossos conteúdos

Apoie o jornalismo independente. Assine O Antagonista e a Revista Crusoé.