Gonet pede arquivamento de investigação de Bolsonaro sobre fraude em cartão de vacina
Agora, caberá ao Supremo Tribunal Federal (STF) decidir se arquiva ou não o procedimento

O procurador-geral da República, Paulo Gonet, pediu o arquivamento da investigação sobre a suposta fraude em cartões de vacinação relacionada ao ex-presidente Jair Bolsonaro. Agora, caberá ao Supremo Tribunal Federal (STF) decidir se arquiva ou não o procedimento.
No ano passado, Bolsonaro foi indiciado pela Polícia Federal pelos crimes de associação criminosa e inserção de dados falsos em sistema de informações.
Segundo Paulo Gonet, o indiciamento feito com base na delação premiada do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid, é insuficiente para que fosse apresentada uma denúncia. Para Gonet, a solicitação de Bolsonaro para incluir dados falsos em seu cartão de vacinação não é suficiente para comprovar uma atividade delitiva, já que dependeria também de outras provas materiais.
“Essa solicitação [Bolsonaro] é elemento de fato central para que a conduta típica, crime de mão própria, lhe possa ser imputada”, disse Gonet.
De acordo com as investigações da Polícia Federal, integrantes do Exército foram responsáveis por falsificar os dados nas carteiras de vacinação de Bolsonaro; da filha do ex-presidente, Laura; do ex-ajudante de ordens, tenente-coronel Mauro Cid; e da mulher e as três filhas de Cid.
O relatório da Polícia Federal sobre a Operação Venire revela que o cartão falso de vacinação do ex-presidente Jair Bolsonaro (foto) foi impresso nas dependências do Palácio do Planalto.
A PF afirmou que a impressão foi feita pelo tenente-coronel Mauro Cid, que detinha seu login e senha no Conecte SUS —aplicativo do governo federal que dá acesso à carteira de vacinação.
Em depoimento prestado à Polícia Federal, o ex-presidente Jair Bolsonaro negou aos agentes a adulteração de seu cartão de vacinação e diz que não determinou ao tenente-coronel Mauro Cid – ex-ajudante de ordens da Presidência da República – qualquer iniciativa neste sentido.
“Toda gestão pessoal ficava a cargo do ex-ajudante Mauro Cid”, declarou Bolsonaro em seu depoimento à PF.
Ao ser perguntado “se tinha ciência da falsificação em nome da mulher do Cid, disse que não teve conhecimento ao fato mencionado” e nem sobre a inserção dos dados em sua carteira de vacinação.
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (2)
CARLOS HENRIQUE SCHNEIDER
28.03.2025 10:08Afinal, o auxiliar Cid foi quem tomou a vacina em nome do Bolsonaro? Quando entrou nos EUA Bolsonaro não sabia se os seus auxiliares tomaram vacinas para que sua família pudesse atender ao requisito para ingresso àquele país? Mauro Cid acordou um dia e decidiu, por conta própria, falsificar o certificado de vacinação de toda família Bolsonaro? Os Bolsonaros estão ou não vacinados? Ainda está valendo o acordão entre Bolsonaro, Tofolli e GM para livrar a cara do JB? No Brasil até o passado é incerto, exceto o contribuinte, que continua obrigado a bancar esta palhaçada!
Fabio B
27.03.2025 21:32Esse caso só escancarou a farsa que sempre foi o Bolsonaro. Passou anos fazendo escândalo contra vacina, mas nos bastidores, armou um esquema para se vacinar escondido.