Gonet foi contra prisão de Cid após depoimento a Moraes; militar foi liberado
Cid foi acusado de esconder informações e apagar provas que poderiam revelar uma "conspiração golpista", mas está livre após novo depoimento ao STF
O procurador-geral da República, Paulo Gonet, foi contra a prisão de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens da presidência da República, que prestou depoimento nesta quinta-feira,21, ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tirbunal Federal.
De acordo com interlocutores, os esclarecimentos dados por Mauro Cid foram considerados adequados. Com isso, Gonet resolveu mudar a posição que havia sido expressa pela PGR ao STF no início da semana, quando defendia a prisão do militar. Moraes concordou com a liberação de Cid.
Gonet participou da sessão por videoconferência, enquanto um representante da PGR estava no STF para acompanhar a audiência. Segundo o jornal O Globo, depois das explicações de Mauro Cid, Gonet se posicionou contra a prisão.
Mauro Cid foi acusado de esconder informações e apagar provas que poderiam revelar uma “conspiração golpista” com planos não só para barrar a posse de Lula, mas também para assassinar o presidente, o vice Geraldo Alckmin e Alexandre de Moraes.
Os indiciamentos
No mesmo dia, a Polícia Federal indiciou o ex-presidente Jair Bolsonaro, além dos ex-ministros Braga Netto, Augusto Heleno e Paulo Sérgio Nogueira, junto com outras 33 pessoas. Eles foram acusados de tentativa de golpe, ataque ao Estado democrático de direito e formação de organização criminosa.
De acordo com a PF, o grupo funcionava como uma “organização criminosa que trabalhou de forma coordenada, em 2022, para manter o então presidente no poder.”
A PGR
A Procuradoria Geral da República (PGR) é para o entorno bolsonarista “uma esperança” em meio ao direcionamento do inquérito que tem o ex-presidente Jair Bolsonaro como denunciado pela tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito.
“Espera-se que a Procuradoria-Geral da República, ao ser acionada pelo Supremo Tribunal Federal, possa cumprir com serenidade, independência e imparcialidade sua missão institucional, debruçando-se efetivamente sobre provas concretas e afastando-se definitivamente de meras ilações”, declarou o líder da oposição no Senado, Rogério Marinho (PL-RN).
E completou:“Ainda, ao reafirmar o compromisso com a manutenção do Estado de Direito, confiamos que o restabelecimento da verdade encerrará longa sequência de narrativas políticas desprovidas de suporte fático, com o restabelecimento da normalidade institucional e o fortalecimento de nossa Democracia”.
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