Golpes em redes sociais disparam durante enchentes no RS
Descubra como anúncios fraudulentos exploram tragédias e aprenda a proteger-se com recomendações essenciais.
Desastres naturais como as recentes enchentes no Rio Grande do Sul não apenas deixam um rastro de destruição e desolação mas também abrem oportunidades para práticas fraudulentas, como demonstra um estudo conduzido pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
Qual o foco do estudo da UFRJ sobre fraudes?
Os pesquisadores Débora Salles e Rose Marie Santini coordenaram um estudo que visava identificar anúncios fraudulentos nas redes sociais durante a crise das enchentes no estado do Rio Grande do Sul. Este relatório revelou um total de 351 anúncios considerados enganosos, criados por 186 diferentes anunciantes.
Esses anúncios fraudulentos utilizavam, de forma indevida, a imagem de celebridades e até mesmo declarações de figuras públicas para solicitar doações ou vender produtos inexistentes, com o propósito claro de obter vantagens financeiras ilícitas sob o pretexto de ajudar as vítimas das enchentes.
Como os golpistas operam nas redes sociais?
Um dos casos identificados envolveu o uso de uma fala do governador Eduardo Leite em um anúncio no Facebook. Esse anúncio direcionava os usuários para um site de arrecadação com o intuito de coletar doações. Contudo, segundo o estudo da UFRJ, muitas dessas campanhas eram falsas e não tinham o objetivo de ajudar as vítimas das enchentes, mas sim de enriquecer ilicitamente os golpistas.
Importância do monitoramento das plataformas
A pesquisa destacou a importância de sistemas de monitoramento de anúncios nas plataformas de redes sociais, como os da Meta, que permitem a análise da veracidade e do propósito dos anúncios publicados. A UFRJ enfatizou que tais práticas fraudulentas foram predominantes nessas plataformas, o que não necessariamente se repete em outros serviços de mídia social.
Por que é crucial conscientizar o público sobre esses golpes?
A conscientização é uma ferramenta poderosa contra a desinformação e as fraudes online. Entender como os golpistas operam e as táticas que utilizam ajuda o público a se proteger contra esses tipos de armadilhas. Informação é, portanto, uma linha de defesa essencial para que as pessoas não se tornem vítimas dessas operações ilegais.
O estudo conclui que é vital educar os usuários das redes sociais sobre a importância de verificar a veracidade de qualquer campanha de arrecadação de fundos ou anúncio que solicite doações, especialmente durante períodos de crise, quando a emergência pode ofuscar o julgamento crítico das pessoas, tornando-as mais susceptíveis a fraudes.
Quais as recomendações para quem deseja ajudar as vítimas de desastres?
- Verificar sempre a origem das campanhas de doação e a credibilidade das plataformas utilizadas.
- Preferir doar para organizações conhecidas e com histórico comprovado de auxílio em desastres.
- Desconfiar de solicitações de doações urgentes que utilizem táticas emocionais intensas, especialmente quando vierem de fontes desconhecidas.
O relatório da UFRJ serve como um lembrete crucial da necessidade de cautela e responsabilidade nas ações online, mostrando que mesmo em tempos de solidariedade, infelizmente, existem aqueles que buscam se aproveitar da vulnerabilidade alheia.
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