Globo muda regras e acaba favorecendo Alckmin
Um mês atrás, em reunião com representantes das campanhas dos presidenciáveis, a TV Globo anunciou que candidatos com pontuação superior a 5% na pesquisa Datafolha/Ibope da semana anterior teriam cobertura diária nos jornais da emissora...
Um mês atrás, em reunião com representantes das campanhas dos presidenciáveis, a TV Globo anunciou que candidatos com pontuação superior a 5% na pesquisa Datafolha/Ibope da semana anterior teriam cobertura diária nos jornais da emissora e seriam entrevistados no Jornal Nacional, por exemplo.
Nesta semana, após a pesquisa do Ibope, a emissora alterou essa regra e garantiu noticiário para os cinco primeiros colocados nas pesquisas, independentemente da pontuação.
A mudança acabou favorecendo Geraldo Alckmin, que não passou dos 5% na pesquisa divulgada na última segunda-feira e, com base na primeira versão das normas, ficaria de fora da cobertura diária e não ocuparia a bancada do JN.
A TV Globo também decidiu encarar Lula como candidato: ou seja, o fato de o presidiário ocupar o primeiro lugar nas pesquisas — mesmo sendo inelegível — foi levado em conta, o que excluiu o sexto colocado, Alvaro Dias, da lista de candidatos que terão noticiário garantido.
O Antagonista pediu um posicionamento da Globo, que ainda não se manifestou.
Atualização:
A Comunicação da Globo desmente o que publicamos mais cedo, sobre a emissora ter mudado as regras da sua cobertura da eleição presidencial e, assim, acabado por beneficiar Geraldo Alckmin.
Eis a nota enviada ao site:
“A nota ‘Globo muda regras e acaba favorecendo Alckmin’ não tem nenhum fundamento. Só houve duas reuniões com os partidos. A primeira, em 26/4, quando se disse que os candidatos mais bem pontuados nas pesquisas teriam direito às entrevistas e à cobertura do dia a dia de campanha. Sem menção a percentuais. Sem menção a 5%.
No entanto, se os 5% tivessem sido mencionados, o que não ocorreu, ainda sim Alckmin teria direito, pois teve 5% no Ibope e 6% no DataFolha.
Quanto a tratar Lula como candidato, não é a Globo que o faz. Mas o TSE.”
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