Gleisi critica CPI com foco no padre Júlio Lancellotti: “Absurdo”
A deputada federal Gleisi Hoffmann (PT-PR) foi ao X - antigo Twitter - criticar a instalação da CPI das ONGs pela Câmara de Vereadores de São Paulo. A investigação terá como foco a atuação do padre Júlio Lancellotti na região central da capital, em especial na cracolândia....
A deputada federal Gleisi Hoffmann (PT-PR) foi ao X – antigo Twitter – criticar a instalação da CPI das ONGs pela Câmara de Vereadores de São Paulo. A investigação terá como foco a atuação do padre Júlio Lancellotti na região central da capital, em especial na Cracolândia.
“Absurdo o que os bolsonaristas da Câmara Vereadores de São Paulo estão fazendo: instalar uma CPI, que vai ter como alvo quem presta apoio humanitário a pessoas em situação de rua e a dependentes químicos da região da Cracolândia, inclusive o Padre Júlio Lancelloti. O que essa turma tem que quer criminalizar um padre? Uma pessoa que só ajuda e cuida dos que mais precisam, todos conhecemos o seu trabalho”, disse Gleisi.
Após obter as 24 assinaturas necessárias para protocolar a CPI, o vereador Rubinho Nunes (União) articulou um acordo com a cúpula do Legislativo para que a comissão seja instalada logo no início dos trabalhos legislativos, previstos para fevereiro.
A expectativa é que essa investigação ganhe contornos eleitorais, uma vez que Lancellotti mantém proximidade com Guilherme Boulos (PSOL), pré-candidato à prefeitura de São Paulo em 2024.
O partido de Rubinho Nunes, União Brasil, apoia a reeleição de Ricardo Nunes (MDB), e Kim Kataguiri, filiado à sigla, também é pré-candidato. Além disso, o partido conta com Milton Leite, presidente da Câmara Municipal, como uma de suas principais lideranças no estado.
As ações do vereador têm sido alvo de críticas por parte de representantes da esquerda. Os vereadores Luna Zarattini e Hélio Rodrigues, ambos do PT, denunciaram Rubinho Nunes à Corregedoria da Câmara Municipal de São Paulo.
Em resposta às acusações, o pároco afirmou, à Folha de S. Paulo, que não possui qualquer influência sobre as entidades em questão e que não participa de projetos conjuntos com elas. Segundo ele, tanto o Bompar quanto o Craco Resiste são autônomos, possuem suas próprias diretorias, técnicos e funcionários.
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