Ginecologista acusado de desrespeito e maus tratos a pacientes é afastado em SC
Um médico obstetra foi afastado de suas funções em um hospital de Santa Catarina, após diversas denúncias de comportamento agressivo e desrespeitoso em atendimentos a pacientes...
Um médico obstetra foi afastado de suas funções em um hospital de Santa Catarina, após diversas denúncias de comportamento agressivo e desrespeitoso em atendimentos a pacientes. As acusações envolvem tratamento discriminatório e comentários ofensivos, tais como chamar uma paciente com câncer de “burra, surda e gorda”, e repreender outra por ter engravidado numa idade mais avançada.
O médico e as alegações
O afastamento do médico foi confirmado pelo Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) na sexta-feira (12), sendo esta a data-limite estabelecida pela Justiça, após o ajuizamento de uma ação civil. A reportagem do g1 tentou contato com o hospital, mas até o momento, não obteve retorno. O estabelecimento de saúde, por sua vez, emitiu nota em dezembro, quando a decisão judicial foi proferida, afirmando que “respeita todas as ordens judiciais emanadas pelo poder público”.
Relatos das vítimas
Várias denúncias gravemente preocupantes foram feitas contra o profissional. Uma delas inclui o atendimento a uma gestante mais velha, que foi repreendida pelo médico. Outra paciente, que esperou 12 horas para dar à luz através de um procedimento de parto induzido pelo obstetra, disse que após perguntar por que o bebê não chorava, o médico respondeu de maneira cruel: “é porque você está chorando por ele”.
Consequências e ações futuras
Além do afastamento do médico, a ação civil exige que o hospital pague no mínimo, R$ 300 mil por danos morais coletivos, incluindo a contratação de um novo profissional para substituir o médico afastado, bem como o fornecimento de treinamento contínuo para as equipes médica e de enfermagem que atuam na área da saúde da mulher. Também é solicitado que seja instalado um canal direto de comunicação para o relato de casos de violência.
Posição do hospital
Na nota emitida em dezembro, o hospital se pronunciou afirmando que tinha conhecimento da ação civil e que suas equipes jurídicas e técnicas estavam trabalhando no caso. O comunicado salienta que, apesar do pedido de afastamento do profissional, a equipe estava reunida para resolver o problema da melhor maneira possível. A instituição também reafirmou o seu compromisso com o respeito a todas as ordens judiciais, garantindo que irá manter o público informado sobre o desdobramento do caso.
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