Genoino pode virar caso de polícia (de novo)
A Confederação Israelita do Brasil (Conib) pediu a abertura de um inquérito policial contra José Genoino (foto) por racismo...
A Confederação Israelita do Brasil (Conib) pediu a abertura de um inquérito policial contra José Genoino (foto) por racismo nesta segunda-feira, 22 de janeiro.
A Conib pediu medidas cautelares contra o mensaleiro por ele ter pedido o boicote a empresas de judeus em uma entrevista a um blog petista no sábado, 20.
A ação da Conib serve para que Genoino “seja impedido de fazer isso de novo, pois representa um risco à comunidade judaica e também caracteriza outro crime, que é incitação ao crime”.
Em outra esfera, ainda nesta segunda, o deputado federal Kim Kataguiri (União Brasil-SP) entrou com uma ação de responsabilidade por danos coletivos no Ministério Público de São Paulo.
O que disse Genoino?
Em sua declaração a um blog petista no sábado, 20, Genoino criticou o abaixo-assinado elaborado por empresários brasileiros pedindo a retirada do apoio do país a uma ação movida pela África do Sul contra Israel na Justiça internacional. O ex-presidente do PT sugeriu então o boicote a empresas comandadas por judeus.
“É interessante essa ideia do boicote por motivos políticos que ferem interesses econômicos. Inclusive tem esse boicote em relação a determinadas empresas de judeus”, disse.
“Inclusive, eu acho que o Brasil deveria cortar relações comerciais na área de segurança e defesa com o estado de Israel”, acrescentou.
Como a fala de Genoino foi recebida pela comunidade judaica?
A Confederação Israelita do Brasil (Conib) e a Federação Israelita do Estado de São Paulo divulgaram neste domingo, 21, notas em repúdio.
“É uma fala antissemita, e o antissemitismo é crime no Brasil”, afirma a Conib na nota. “O boicote a judeus foi uma das primeiras medidas adotadas pelo regime nazista contra a comunidade judaica alemã, que culminou no Holocausto”.
A entidade também fez um apelo para que as lideranças políticas brasileiras atuem com “moderação e equilíbrio” em relação ao conflito no Oriente Médio: “Falas extremadas e em desacordo com a tradição da política externa brasileira podem importar as tensões daquela região ao nosso país”.
Já a Federação Israelita de São Paulo classificou a fala de Genoíno como “criminosa” e afirmou que a declaração do petista “remete a filosofia de Adolf Hitler”.
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