Gêmeas siamesas superam cirurgia complexa e celebram 4 anos de idade com plena saúde
Gêmeas siamesas que foram separadas em uma cirurgia histórica em Goiânia, Valentina e Heloá comemoram 4 anos de idade nesta terça-feira, 23 de janeiro. As meninas, que nasceram unidas pelo tórax e parte do abdômen, vivem uma vida normal e cheia de alegria...
Gêmeas siamesas que foram separadas em uma cirurgia histórica em Goiânia, Valentina e Heloá comemoram 4 anos de idade nesta terça-feira, 23 de janeiro. As meninas, que nasceram unidas pelo tórax e parte do abdômen, vivem uma vida normal e cheia de alegria depois da complexa operação realizada há pouco mais de um ano.
Superação e desenvolvimento
“Elas estão melhor do que a gente imaginava. É uma emoção fora do normal. A vida delas agora é a vida normal de uma criança. Gostam muito de brincar e de fazer arte. Também vamos ver uma escolinha para elas”, contou Waldirene do Prado, mãe das meninas.
Pequenas no tamanho, mas com uma força que impressionou a equipe do Hospital Estadual da Criança e do Adolescente (Hecad). A cirurgia de separação foi complexa e o tratamento, segundo a unidade, reuniu cerca de 200 profissionais.
Vivendo a infância
Ao G1, as pequenas quebraram a timidez aos poucos e contaram as atividades preferidas. Cantar, brincar na piscina e jogar no celular. Perto das gêmeas, entusiasmado, o pai das meninas celebrou o sucesso da recuperação.
“Para nós, ver o desenvolvimento que elas estão hoje é uma alegria imensa. Agora, é curtir com elas bastante. Nosso coração está bem cheio e grato. Hoje, elas estão individuais”, destaca Fernando de Oliveira.
Um case de sucesso na medicina
Zacharias Calil, médico responsável desde o início do tratamento das meninas, avalia o caso como uma realização profissional e reforça que as meninas foram acompanhadas por equipes de várias especialidades. Agora, as gêmeas continuam sendo monitoradas, mas em menor frequência e cada vez mais independentes.
“Antes elas estavam vindo semanalmente, quinzenalmente, mensalmente e agora trimestralmente. Já podem frequentar a escola. Já estão tendo uma atividade muito boa, principalmente do ponto de vista de independência. Cada uma está seguindo o seu rumo da maneira que achar melhor”, detalhou.
A homenagem aos profissionais envolvidos
Os profissionais envolvidos na cirurgia das gêmeas foram homenageados no Hecad nesta segunda-feira (22). “O papel [certificado] é um símbolo apenas, mas é uma forma de reconhecimento da própria sociedade de que essas pessoas merecem, sim, ter esse valor. É uma forma de enriquecer o lado profissional também”, reforçou Zacharias.
Por fazer parte do Sistema Único de Saúde (SUS), o tratamento das meninas foi gratuito. Mônica Ribeiro Costa, diretora do Hecad, ressaltou que a cirurgia só pôde ser feita por conta da boa infraestrutura hospitalar, que depende de múltiplas especialidades médicas, equipamentos, materiais, medicamentos, e com apoio de unidade de terapia intensiva.
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