Gastos com turismo nas viagens nacionais estão em alta pós-pandemia
Descubra os destinos que lideram os gastos no Brasil.
Em 2023, os gastos com turismo nas viagens nacionais com pernoite alcançaram a expressiva marca de R$ 20,1 bilhões, segundo dados divulgados nesta sexta-feira (13) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Esse valor representa um salto de 78,6% em comparação a 2021, quando os gastos foram severamente impactados pelas restrições de viagem impostas durante a pandemia de Covid-19.
O levantamento faz parte do módulo da Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua) e ressalta o vigoroso retorno do turismo nacional. Em 2022, a pesquisa não foi realizada devido à ausência de renovação do convênio entre o IBGE e o Ministério do Turismo, conforme informou o instituto.
Retomada do turismo em 2023
Segundo o IBGE, a pandemia de Covid-19 influenciou profundamente os padrões de turismo em 2020 e 2021, resultando em uma queda acentuada no número de viagens. Em 2023, contudo, o cenário mudou, com 19,8% dos domicílios reportando viagens turísticas, um aumento significativo em comparação a 13,9% e 12,7% durante os anos pandêmicos.
A pesquisa também revelou que o gasto médio por pessoa em viagens nacionais com pernoite foi de R$ 243 por dia em 2023, um valor ligeiramente superior aos R$ 233 observados no ano anterior.
Quais destinos tem o maior gasto no turismo?
Entre as unidades da Federação, Alagoas se destacou com o maior gasto médio diário, atingindo R$ 366. O Distrito Federal, com R$ 342, e o Rio de Janeiro, com R$ 332, aparecem logo em seguida na lista de destinos mais caros.
- Alagoas: R$ 366
- Distrito Federal: R$ 342
- Rio de Janeiro: R$ 332
- Ceará: R$ 321
- Pernambuco: R$ 308
Por outro lado, o Amapá registrou o menor gasto médio diário, de apenas R$ 111, seguido pelo Pará (R$ 151) e Amazonas (R$ 153).
Por que alguns destinos turísticos são mais caros?
William Kratochwill, analista da pesquisa do IBGE, explicou que os resultados estão ligados à oferta e demanda. Locais com uma tradição turística forte e que atraem muitos visitantes tendem a ter preços mais elevados. “Alagoas é um estado altamente turístico, com muitos resorts. O Distrito Federal é conhecido por seus hotéis caros, e o Rio de Janeiro é uma referência em turismo no Brasil”, comentou.
A Pnad Contínua também coletou dados sobre o setor em 2019, antes da pandemia. No entanto, o IBGE desaconselha comparações diretas desse período com os anos de 2020, 2021 e 2023 devido a mudanças no intervalo da coleta das informações.
Gasto diário por pessoa em viagens nacionais, segundo destino, em R$
- Alagoas: R$ 366
- Distrito Federal: R$ 342
- Rio de Janeiro: R$ 332
- Ceará: R$ 321
- Pernambuco: R$ 308
- Mato Grosso: R$ 282
- Santa Catarina: R$ 277
- Bahia: R$ 277
- Rio Grande do Norte: R$ 272
- Nordeste: R$ 266
- São Paulo: R$ 262
- Espírito Santo: R$ 260
- Sudeste: R$ 259
- Sul: R$ 253
- Centro-Oeste: R$ 252
- Rio Grande do Sul: R$ 246
- Paraná: R$ 243
- Brasil: R$ 243
- Goiás: R$ 229
- Mato Grosso do Sul: R$ 229
- Tocantins: R$ 222
- Rondônia: R$ 222
- Acre: R$ 219
- Piauí: R$ 210
- Paraíba: R$ 206
- Minas Gerais: R$ 204
- Sergipe: R$ 203
- Roraima: R$ 170
- Maranhão: R$ 165
- Norte: R$ 165
- Amazonas: R$ 153
- Pará: R$ 151
- Amapá: R$ 111
Este levantamento não apenas destaca a recuperação do setor turístico no Brasil após os desafios da pandemia, mas também revela as variações de gastos entre diferentes destinos, influenciados por diversos fatores econômicos e de infraestrutura.
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