Gastos com obras sem licitação crescem 10.400% em 5 anos na capital paulista
Uma auditoria do Tribunal de Contas do Município (TCM) de São Paulo revelou que os gastos da gestão do prefeito Ricardo Nunes (MDB, foto) com obras sem licitação cresceram 10.400% em cinco anos, registrou a Folha de S. Paulo...
Uma auditoria do Tribunal de Contas do Município (TCM) de São Paulo revelou que os gastos da gestão do prefeito Ricardo Nunes (MDB, foto) com obras sem licitação cresceram 10.400% em cinco anos, registrou a Folha de S. Paulo.
O valor dedicado a obras emergenciais saltou de 20 milhões de reais em 2017 para 2,1 bilhões de reais em 2022. Em relação a 2020, último ano completo de Bruno Covas, o avanço foi de 1.313%.
Segundo o relatório produzido pelo TCM, a Secretaria de Infraestrutura Urbana e Obras é responsável por 98% dos gastos emergenciais no ano passado. A maior parte das contratações foi realizada nas regiões mais afastadas do centro, “seja pela construção de moradias ao longo da margem dos córregos, seja pela ocupação de áreas íngremes sujeitas a escorregamentos”.
As ações da prefeitura em margens de córrego constituem, conforme a auditoria, mais da metade das 155 obras contratadas sem licitação até junho do ano passado. Apenas dez empresas receberam 60% dos recursos investidos pela secretaria.
Em nota, a prefeitura de São Paulo disse ao jornal que “o aumento na contratação de obras emergenciais se deu por conta das demandas encaminhadas pelas subprefeituras à Secretaria [de Infraestrutura Urbana e Obras], bem como pelo agravamento das situações de risco em encostas e margens de córregos, principalmente nas regiões periféricas”.
Em relação às empresas contratadas para conduzir as obras sem licitação, a prefeitura disse que elas “são previamente cadastradas na secretaria de acordo com suas características técnicas, determinadas pelo Certificado de Registro Cadastral (CRC)”.
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