Brasil não cede ao G7 para revisar declaração do G20 sobre Ucrânia
A presidência brasileira, que lidera as discussões, foi alvo de diversos pedidos para revisar o documento, contudo, o presidente Lula optou por manter o debate fechado
As tensões dominaram as negociações diplomáticas no último domingo, 17 de novembro, quando os representantes das nações do G20 se depararam com um impasse em relação à declaração conjunta sobre a guerra na Ucrânia.
A presidência brasileira, que lidera as discussões, foi alvo de diversos pedidos para revisar o documento. Contudo, conforme revelado por fontes internas, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva optou por manter o debate fechado. “Se o documento resistir durante a noite, teremos uma chance maior de sua aprovação na cúpula”, confidenciou uma fonte.
O cenário atual sugere que o texto permanece intacto, mas a volatilidade do G20 permite alterações até que os líderes mundiais determinem a versão final ou, no pior dos casos, enfrentem um impasse que impeça qualquer declaração presidencial. Isso já ocorreu em reuniões anteriores desde a invasão russa à Ucrânia.
Fontes governamentais brasileiras explicaram que reabrir o documento, que já foi arduamente negociado, implicaria em um risco significativo de concluir a cúpula sem uma declaração oficial.
Responsabilidade de Lula
Após um ataque russo no domingo, as nações europeias mais críticas à Rússia estavam diante de duas opções: solicitar diretamente a revisão do trecho específico sobre o conflito ou delegar essa decisão ao Brasil. Optaram pela segunda estratégia, transferindo assim a responsabilidade para o governo brasileiro. Lula decidiu não retomar as discussões.
Até o momento, tudo indica que os europeus evitaram pedir uma reabertura direta para não serem responsabilizados por um possível colapso nas negociações. A estratégia adotada pelo G7 foi deixar essa responsabilidade nas mãos do Brasil.
O chanceler alemão, Olaf Scholz lamentou a ausência do presidente ucraniano Volodymyr Zelensky na reunião do G20. Apesar dos esforços do chanceler e de outros líderes para garantir sua presença, a Ucrânia não faz parte do grupo e Zelensky não foi convidado pelos anfitriões brasileiros.
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