Furos do Antagonista e as suas consequências
Em fevereiro, O Antagonista publicou com exclusividade que:a) Quando Renato Duque foi preso pela primeira vez, no final do ano passado, a sua mulher, Maria Auxiliadora, ameaçou Paulo Okamotto e Lula de "contar tudo" o que sabia sobre o envolvimento do ex-presidente no esquema do petrolão...
Em fevereiro, O Antagonista publicou com exclusividade que:
a) Quando Renato Duque foi preso pela primeira vez, no final do ano passado, a sua mulher, Maria Auxiliadora, ameaçou Paulo Okamotto e Lula de “contar tudo” o que sabia sobre o envolvimento do ex-presidente no esquema do petrolão. Renato Duque, então, foi solto, após Lula interferir no STF, via um ex-ministro do tribunal. Preso novamente, Renato Duque foi inquirido a respeito na CPI da Petrobras. Nervoso, ele saiu do roteiro do “nada a declarar” e disse que via como ameaça a possibilidade de os deputados convocarem Maria Auxiliadora. Dias depois, o colunista Lauro Jardim noticiou que a mulher de Renato Duque estava pronta a “explodir”.
b) César Mata Pires, dono da OAS, inconformado com prisão dos seus principais executivos, procurou Emílio Odebrecht para saber como era possível que ninguém da empreiteira-irmã havia sido preso. Emílio Odebrecht aconselhou César Mata Pires “a falar com Lula”. Agora, de acordo com a Veja, Dilma Rousseff dá como certa a soltura de Léo Pires, da OAS, graças à intervenção do ministro Dias Toffoli, do STF. Dilma Rousseff também disse que Ricardo Pessoa, da UTC, amigo de Lula, será libertado, embora a revista Época tenha outra informação (veja o post “Pessoa para lá, Pessoa para cá”). Ricardo Pessoa mandou recados a Lula e ao PT, por meio da Veja, o que fez com o que o governo corresse para criar a fórmula dos acordos de leniência espúrios entre a empreita bandida e a Controladoria-Geral da União, com a chancela do Tribunal de Contas da União e ao largo da Justiça. Tudo para tentar evitar delações premiadas que pudessem revelar a participação de Lula e Dilma Rousseff no petrolão.
c) A Instrução Normativa que dá ao TCU um papel de mero coadjuvante nos acordos de leniência da CGU foi escrita no Palácio do Planalto pelo advogado-geral da União, Luís Inácio Adams, e apenas assinada pelo ministro Bruno Dantas, do TCU. Depois que O Antagonista deu a notícia, o PPS se movimenta para evitar que esses acordos espúrios possam ser assinados.
Ficamos felizes em cumprir o nosso papel. Somos “garantistas”, mas da verdade absolutamente transparente.
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