Roberto Freire (foto), presidente do Cidadania, chamou de “absurda” a falta de transparência do orçamento secreto.

Como temos noticiado, o STF já determinou que o Congresso dê publicidade à distribuição das chamadas emendas de relator, mas o Parlamento está reagindo e quer manter em segredo pelo menos os detalhes da liberação dos montantes em 2020 e em 2021, como noticiamos ontem com exclusividade.

Na noite de ontem, após repercussão negativa, Rodrigo Pacheco se viu obrigado a adiar para a próxima segunda-feira (29) a sessão na qual tentará votar um projeto que pretende “regulamentar” o orçamento secreto.

“Essas emendas estão transformando o Congresso Nacional numa imensa Casa de vereadores federais pulverizando recursos”, afirmou Freire a O Antagonista.

O ex-deputado criticou o modelo, dando um exemplo:

“Se esses recursos fossem realmente direcionados, por exemplo, para investir na infraestrutura de saneamento básico, em poucos anos teríamos ofertado a mais de 100 milhões de brasileiros esse básico e essencial serviço público.”