Fred Rodrigues e o caso do falso bacharelado em direito
Informação falsa pode render desembarque de Bolsonaro da campanha do ex-deputado e até o rompimento político entre ambos
O candidato à prefeitura de Goiânia pelo PL, Fred Rodrigues, está no centro de mais uma polêmica em sua carreira política. Desta vez, o escândalo pode render o abando do ex-presidente Jair Bolsonaro à sua campana e até o rompimento político entre Rodrigues e o presidente de honra do PL.
O ex-deputado estadual foi cassado em virtude de irregularidades apontadas pelo TRE e depois confirmadas pelo TSE na prestação de contas de sua campanha para vereador em 2020. Agora, ele foi denunciado pela campanha de seu adversário, Sandro Mabel (União), por ter declarado à Justiça Eleitoral ser bacharel em direito, pela PUC de Goiás. A universidade disse que Fred não concluiu a graduação. Ele atribuiu a informação falsa a um erro de sua assessoria.
Segundo o jornal O Globo, membros do PL pediram o desembarque de Bolsonaro do apoio à candidatura. Aliados do ex-presidente julgam que o escândalo compromete a imagem de Fred Rodrigues perante os eleitores conservadores, fator que pode respingar em Bolsonaro. O entorno de Bolsonaro também aponta que o caso fere o Código de Ética do partido. Bolsonaro prometeu acompanhar a agenda de Rodrigues, no próximo domingo,28.
Aliados de Bolsonaro comparam a situação ao episódio ocorrido nas vésperas das eleições presidenciais de 2022, quando a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) foi filmada usando arma contra um homem negro em São Paulo.
A história do falso bacharelado agora é utilizada pelo adversário de Rodrigues, Sandro Mabel (União), que conta com o apoio do governador Ronaldo Caiado e tenta conquistar o eleitorado bolsonarista em Goiânia.
Contradições
No último fim de semana, durante um debate transmitido pela TV Record, Rodrigues declarou ser “graduado” em direito ao ser confrontado por Mabel. Para reforçar essa afirmação, Rodrigues chegou a divulgar nas redes sociais seu histórico escolar, mostrando as disciplinas que cursou na faculdade. Com a posição da PUC sobre o episódio, o candidato voltou atrás e disse que a informação sobre a conclusão do curso é um equívoco.
“O estudante não integralizou a matriz curricular do curso superior em Direito nesta Universidade, faltando o cumprimento das 200 horas de atividades complementares, componente curricular obrigatório”, afirmou a PUC à Justiça Eleitoral.
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