O sistema de pagamento instantâneo Pix se tornou o líder indesejado em um ranking que ninguém gostaria de encabeçar: o de fraudes financeiras.

Um recente levantamento realizado pela empresa Asaas, que administra serviços de conta digital para empresas, revelou números preocupantes sobre as transações financeiras no país.

Em um exame detalhado, mais de 141 milhões de operações foram analisadas, acumulando movimentações financeiras que superam os 21 bilhões de reais.

Dessas, uma porção significativa apresentou características de fraude, colocando em alerta o segmento empresarial e os reguladores do mercado.

Quais os números por trás das fraudes em Pix?

De acordo com o estudo da Asaas, de um total de 530.776 transações fraudulentas, impressionantes 376.794 casos foram realizados via Pix, correspondendo a 71% do total.

Esse volume chama a atenção para a necessidade de medidas de segurança aprimoradas, visto que o Pix, por sua natureza de instantaneidade, exige respostas rápidas de monitoramento.

Como se comparam outros métodos de pagamento?

Enquanto o Pix domina a estatística de fraudes, outras formas de pagamento também foram exploradas por criminosos.

Transações com cartão de crédito foram responsáveis por 15% das fraudes, somando 78.766 casos.

Os boletos não ficaram muito atrás, com 75.216 fraudes, representando 14% do total.

Esses dados mostram que nenhum método de pagamento está imune a ataques, cada um demandando estratégias específicas de segurança.

Quem realiza mais fraudes: pessoa física ou jurídica?

Um dado curioso apontado pelo relatório é que 61% das atividades fraudulentas partiram de contas empresariais.

Esse fenômeno pode indicar uma tendência dos fraudadores em usar empresas, possivelmente de fachada, para suas ações ilícitas.

Por outro lado, as transações fraudulentas de contas de pessoas físicas não são insignificantes, somando 38% do total, o que aponta para a utilização das chamadas “contas laranjas”.

Qual a distribuição geográfica das fraudes?

A análise também destacou diferenças regionais significativas nas atividades fraudulentas.

A região Sudeste, liderada por São Paulo e Rio de Janeiro, foi a mais afetada, com São Paulo registrando 215.028 transações fraudulentas.

Curiosamente, embora o Sudeste lidere em número, foi o Norte do país que apresentou o maior ticket médio de fraudes, valor de R$ 1.208 por transação.

Indústrias mais afetadas pelas fraudes

• Alimentos e Bebidas

• Eletrônicos e Informática

• Roupas, Calçados e Vestuário

O relatório da Asaas não só joga luz sobre a necessidade de empresas e entidades governamentais fortalecerem seus sistemas de monitoramento e segurança digital como também serve de alerta para os consumidores, que precisam estar vigilantes quanto à segurança de suas transações financeiras, especialmente aquelas realizadas por meio de Pix.

A informação é uma ferramenta poderosa na prevenção contra fraudes financeiras.