Diferentes partidos apresentaram à Justiça Eleitoral denúncias contra a federação PSOL/Rede por suposta fraude na cota de gênero e desvio de fatias do fundo destinada a mulheres nas eleições legislativas de outubro no município de Osasco, em São Paulo, segundo revelou o jornal o Globo.

De acordo com as ações movidas pelo PSB (Partido Socialista Brasileiro), três candidatas da Rede teriam registrado filiação ao partido somente para cumprir a cota de gênero, como “candidatas-laranja”, e aumentar as chances de reeleição dos vereadores Emerson e Julian Curvelo, do PSOL:

“É evidente que as três candidatas laranjas foram filiadas ao Rede visando apenas completar formalmente o número de mulheres na chapa proporcional, objetivando aumentar as chances de reeleição dos vereadores Emerson Osasco e Juliana Gomes“, diz trecho da denúncia.

O PSB apontou a relação das candidatas Janicelma Figurino, Vanessa Aliança e Josiane Doces, assim reconhecidas nas urnas, com a Igreja Evangélica Restaurados, em que o vereador Emerson costuma frequentar.

“É inconcebível imaginar que um templo religioso de uma igreja com capacidade aproximada de 30 pessoas tenha três candidatas [no mesmo partido] e, ainda, um vereador no mandato apoiado pelo Pastor da Igreja”, diz ação.

De acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), cada uma das três candidatas teria recebido R$ 3 mil do Fundo Especial de Financiamento de Campanha.

O resultado mostrou que Josiane teve um voto, Janicelma conquistou oito, e Vanessa, apenas seis. Somadas, as então candidatas registraram menos de uma dezena de votos.

No fim do documento, a ação pede a cassação do registro de todos os candidatos da federação PSOL/Rede no município de Osasco. O PSB solicita ainda a inelegibilidade das candidatas “laranja” e uma recontagem dos votos para formar o novo parlamento legislativo.

Na eleição municipal deste ano, o PSOL não elegeu nenhum prefeito.

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