Fóssil de dinossauro de 233 milhões de anos é encontrado após enchentes no RS
Pesquisadores da Universidade Federal de Santa Maria estão analisando o fóssil, que já e considerado um dos mais antigos já encontrados no mundo.
Um fóssil de dinossauro, escondido há milhões de anos, veio à superfície devido às fortes chuvas que atingiram São João do Polêsine, na Região Central do Rio Grande do Sul.
Pesquisadores da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) estão analisando o fóssil.
O sítio fossilífero onde ocorreu esta incrível descoberta é gerido pelo Centro de Apoio à Pesquisa Paleontológica da Quarta Colônia (Cappa), vinculado à UFSM.
Os especialistas estimam que o dinossauro encontrado tem aproximadamente 233 milhões de anos, colocando-o entre os mais antigos já registrados no registro fóssil no mundo.
Chuvas influenciam a paleontologia
As chuvas, apesar de causarem vasta destruição, também desempenham um papel crucial na paleontologia, visto que elas podem expor relíquias do passado que estavam ocultas sob a terra por séculos.
No entanto, esta mesma água que revela pode também erodir e destruir pequenos vestígios menos resistentes, o que coloca os paleontólogos em uma corrida contra o tempo para salvar tais artefatos da natureza.
A importância da descoberta do fóssil de dinossauro
O espécime descoberto, de cerca de 2,5 metros de comprimento, é excepcionalmente valioso porque pertence ao grupo dos Herrerasauridae, conhecidos por serem alguns dos primeiros dinossauros carnívoros do planeta.
Este grupo é especial devido ao seu papel fundamental na evolução dos dinossauros.
As características do fóssil sugerem que poderia ser o segundo exemplar mais completo de herrerassaurídeo já encontrado no mundo, o que atrai atenção global para o Brasil no campo da paleontologia.
Próximos passos dos pesquisadores
Após a escavação cuidadosa e o transporte do fóssil para o laboratório, a equipe de pesquisadores enfrenta agora o desafio de extrair delicadamente a rocha que ainda envolve boa parte do fóssil.
Utilizando ferramentas como marteletes e bisturis, além de resinas para garantir a integridade da estrutura, os paleontólogos preparam-se para um minucioso trabalho que poderá durar meses.
Uma vez completa, esta fase de preparação do fóssil permitirá não só confirmar se este dinossauro é uma espécie já conhecida, como também poderá revelar novas informações a respeito deste intrigante período da história da Terra.
Este estudo detalhado da anatomia e da estrutura dos ossos poderá lançar luz sobre múltiplos aspectos da vida dos primeiros dinossauros.
O recente achado não apenas enchendo de orgulho a comunidade científica local, mas também propõe novas perguntas e incentiva a constante busca por conhecimento sobre nosso passado pré-histórico.
A relação entre clima e arqueologia, mais uma vez, prova ser um campo fértil para descobertas que eventualmente reescrevem livros de história e enriquecem nossa compreensão do mundo.
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