Forma alternativa de pagamento para passagens aéreas
FGTS é forma alternativa de comprar passagens aéreas, mas é preciso ter cautela
Nos últimos anos, companhias aéreas brasileiras começaram a oferecer um novo método de pagamento para passagens e pacotes de viagens, permitindo o uso do saque-aniversário do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). Essa opção inovadora surgiu como uma alternativa para quem deseja viajar mas enfrenta restrições financeiras.
A iniciativa criou uma opção onde os clientes podem pagar suas viagens por meio da antecipação dos saques anuais do FGTS, ampliando, assim, a acessibilidade dos consumidores a viagens aéreas e viagens.
Funcionamento da aquisição com FGTS
O procedimento consiste na antecipação de saques futuros do FGTS, funcionando essencialmente como um empréstimo. O banco parceiro realiza o financiamento do valor total da reserva e os valores são pagos ao banco através do saldo antecipado do FGTS. Isso implica a incidência de juros sobre o montante financiado.
Com uma quantia mínima de R$ 300 em FGTS, os clientes podem antecipar até dez anos de saque-aniversário para garantir suas reservas. Contudo, é importante frisar que as companhias aéreas impõem um limite mínimo de R$ 400 para o uso do fundo em pagamentos.
Regras de utilização do FGTS?
Para efetuar o pagamento, a reserva da viagem deve ser 100% quitada com o FGTS, sem permitir a combinação com outras formas de pagamento. Além disso, a pessoa que irá viajar deve ser a titular da conta de FGTS utilizada na transação. Regras específicas foram estabelecidas pelas companhias aéreas também para casos de cancelamento, que não anulam o contrato do empréstimo feito.
Implicações econômicas e financeiras
Especialistas alertam para os riscos financeiros associados ao uso do saque-aniversário para financiar passagens aéreas. O saque pode comprometer o montante que seria utilizado em situações de necessidade futura, como demissão sem justa causa ou aposentadoria.
Além disso, ao optar por esse esquema, o trabalhador paga juros, o que pode não ser vantajoso a longo prazo. Alguns analistas sugerem que, se a antecipação for inevitável, seria mais prudente investir o montante em ativos financeiros que possam gerar maior rendimento.
Opções e alternativas: saque-aniversário e saque-rescisão
No saque-aniversário, os trabalhadores podem retirar uma porcentagem do saldo acumulado anualmente, mas a escolha dessa modalidade impede o saque do total do FGTS em caso de demissão, ficando restrito à multa rescisória.
A qualquer momento, o trabalhador pode retornar à modalidade convencional de saque-rescisão, porém, desde que não exista um contrato de antecipação ativo. Essa mudança só pode ocorrer após um período de espera, conforme regulado pela Caixa Econômica Federal.
O uso do FGTS como recurso financeiro em diferentes situações tem se tornado cada vez mais comum, mas sempre é importante ponderar os prós e contras antes de optar pelo uso do seu saldo disponível.
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (0)