Força Nacional chega nesta segunda ao Rio
Uma portaria do Ministério da Justiça e Segurança Pública, editada nesta segunda-feira (16), autorizou o emprego da Força Nacional de Segurança Pública no Rio de Janeiro. A medida autorizada pelo ministro Flávio Dino prevê o emprego das tropas especiais por 30 dias...
Uma portaria do Ministério da Justiça e Segurança Pública, editada nesta segunda-feira (16), autorizou o emprego da Força Nacional de Segurança Pública no Rio de Janeiro. A medida autorizada pelo ministro Flávio Dino prevê o emprego das tropas especiais por 30 dias (que poderão ser renovados mensalmente) e atuação “nas atividades e nos serviços imprescindíveis à preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio”.
O emprego, junto às forças estaduais, deve ser para conter a escalada de violência em áreas controladas pelo tráfico e pela milícia, em comunidades e bairros nas zonas norte e oeste da cidade do Rio de Janeiro. Na semana passada, equipes das polícias Civil e Militar atuam em oito pontos no Complexo da Maré, entre os quais está o local onde traficantes mantinham um “centro de treinamento”, e em Cidade de Deus. A operação já está no quinto dia.
Cerca de 1.000 policiais voltaram às ruas para cumprir 54 mandados de prisão contra integrantes da facção Terceiro Comando Puro (TCP).
No primeiro dia da operação, nove pessoas foram presas, entre elas um policial militar. Além disso, dois helicópteros foram atingidos por tiros na Vila Cruzeiro.
A megaoperação foi deflagrada em resposta à execução de três médicos em um quiosque na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, entre os quais estava Diego Ralf Bomfim, irmão da deputada Sâmia Bomfim (Psol-SP).
A ação do governo federal contra o crime organizado em estados como o Rio de Janeiro, na visão de especialistas, é falha. Sem investimento pesado em inteligência e repressão às fontes de renda de grupos ligados à milícia e ao tráfico de drogas, a atividade destes grupos tende a se expandir cada vez mais pela capital fluminense. “Estamos há anos vendo estampadas nos jornais as imagens de mortos e feridos vítimas do crime e até agora nada foi colocado em prática para pôr fim nesse problema. Precisamos de soluções para ontem, porque o Rio de Janeiro não aguenta mais esperar”, afirma Carlos Nhanga, coordenador regional do Instituto Fogo Cruzado (IFC) no Rio de Janeiro.
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