“Foi preciso uma manobra para impedir o risco de favorecer o chefão petista”
O editorialista do Estadão deixou de atacar o MPF hoje. Está bravo porque a Segunda Turma do STF soltou José Dirceu (e soltaria Lula), contrariando a decisão do plenário favorável à prisão de condenados em segunda instância...
O editorialista do Estadão deixou de atacar o MPF hoje. Está bravo porque a Segunda Turma do STF soltou José Dirceu (e soltaria Lula), contrariando a decisão do plenário favorável à prisão de condenados em segunda instância:
“Esse comportamento tem graves consequências para o País, pois consolida a sensação de que o Supremo Tribunal Federal é uma loteria – a depender do ministro ou da Turma que cuidará do processo, a decisão respeitará muito mais as convicções pessoais e políticas dos magistrados envolvidos do que a jurisprudência do tribunal.
Um exemplo disso é a tramitação do mais novo recurso da defesa do ex-presidente Lula – muito semelhante ao pedido feito pela defesa de José Dirceu, que, entre outras coisas, questionava a dosimetria da pena e a prisão do réu após condenação em segunda instância. No caso de Lula, contudo, o ministro relator, Edson Fachin, preferiu enviar o pedido para o plenário – evitando, assim, que caísse na mesma Segunda Turma que mais tarde livraria Dirceu. Ou seja, foi necessária uma manobra de um dos ministros para impedir o risco de afronta à jurisprudência do Supremo para favorecer o chefão petista – com consequências imprevisíveis para a próxima eleição presidencial e para o futuro do País.”
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