Flávio, o garoto-propaganda e futuro comandante da Aliança pelo Brasil
Jair Bolsonaro escolheu o filho Flávio, seu primogênito, para ser o principal articulador nacional da Aliança pelo Brasil, o partido que será comandado pela família do atual presidente da República. O senador, em tese, terá o cargo de primeiro-vice-presidente...
Jair Bolsonaro escolheu o filho Flávio, seu primogênito, para ser o principal articulador nacional da Aliança pelo Brasil, o partido que será comandado pela família do atual presidente da República.
O senador, em tese, terá o cargo de primeiro-vice-presidente, mas a ideia é que, na prática, ele tome conta da legenda, que ainda não foi criada oficialmente.
Assim que deixou o PSL, ainda no ano passado, Bolsonaro delegou justamente a Flávio — o único de seus filhos investigado pela Justiça, mas tido como o mais habilidoso politicamente — a missão de tirar a nova sigla do papel. Desde então, o “01” tem sido o responsável por orquestrar o cronograma dos eventos de divulgação da legenda nos estados. O pai, por sua vez, provavelmente temendo as críticas, evitará se envolver de maneira muito escancarada nos atos partidários da Aliança.
Em vídeo gravado na semana passada convocando para o evento de Salvador, como registramos aqui, Flávio, todo animado, afirmou que a Aliança será o primeiro partido “de direita” e “conservador” do Brasil.
Também na semana passada, Flávio publicou em seu Facebook o vídeo de um evento de divulgação da Aliança nos Estados Unidos — ele viajou ao país, com recursos pagos pelo Senado, como noticiamos aqui, para uma agenda que incluiu reuniões para tratar da legalização dos cassinos no Brasil.
No lançamento da Aliança, em novembro de 2019, em Brasília, Flávio foi o primeiro a chegar. Ele disse, na ocasião, que, “se Deus quiser”, eles conseguiriam as 492 mil assinaturas necessárias para a homologação da legenda a tempo de disputar as eleições municipais deste ano. A Aliança tem como princípio “o lugar de Deus na vida das pessoas”. Todos os eventos de divulgação do partido têm começado com uma oração.
Na corrida contra o tempo — o TSE precisará dar o aval até abril, para que a legenda esteja apta a participar do pleito de outubro –, Flávio tem contado com a ajuda de apoiadores espontâneos, claro, mas também de pessoas que ocupam cargos estratégicos no próprio governo: Gilson Machado, presidente da Embratur, e Alfredo Menezes, da Superintendência da Zona Franca de Manaus, por exemplo, têm se dedicado bastante a propagar a Aliança em suas regiões.
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (0)