Flávio Bolsonaro agora defende o impeachment de Moraes
Na passado, senador pregou "autorregulação" dos ministros do Supremo, mas fez ajuste no discurso
O senador Flávio Bolsonaro (PL-RS), que, em entrevista ao programa Roda Viva no início deste ano, defendeu a “autorregulação” dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), descartando a hipótese de impeachment para os magistrados, agora adota outro tom.
“Nós, de centro e direita, nos sentimos perseguidos de uma maneira abusiva e ilegal por um magistrado, assim como a esquerda já se sentiu no passado. Mas é fato que algo precisa ser feito. O Senado é um órgão corregedor do Supremo, já que, por decisão do próprio Supremo, o CNJ não pode avaliar a conduta de ministros do STF; esse é um papel constitucional e legal do Senado”, afirmou em declaração à imprensa.
Ainda segundo o senador, “em função do que foi revelado pela Folha de São Paulo, não há mais discussão sobre essa conduta — na minha opinião, de acordo com o que está na matéria, caso se confirme, criminosa — do ministro Alexandre de Moraes”.
Questionado sobre a opinião dada na entrevista ao Roda Viva, Flávio Bolsonaro afirma que não se posicionou contrário ao impeachment. “Eu disse que havia passos a serem dados, que poderiam ser feitos antes de se chegar a isso. Nunca falei que era contra. Agora, há crimes que precisam ser investigados, e essa não é a postura esperada de nenhum magistrado do Brasil, muito menos de um ministro do Supremo Tribunal Federal, que deve dar o exemplo”.
Para o parlamentar, “é preciso diferenciar o que o ministro Alexandre de Moraes fez do papel da Corte, que é fundamental para a democracia”, concluiu.
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