Fiocruz: casos de síndrome de trombose em duas pessoas vacinadas em SC foram investigados
A Fiocruz informou estar ciente de dois casos de Síndrome de Trombose com Trombocitopenia (TTS) ocorridos em Santa Catarina após aplicação da vacina da AstraZeneca. Em 10 de novembro, a secretaria de Saúde catarinense informou ter registrado duas mortes pela...
A Fiocruz informou estar ciente de dois casos de Síndrome de Trombose com Trombocitopenia (TTS) ocorridos em Santa Catarina após aplicação da vacina da AstraZeneca.
Em 10 de novembro, a secretaria de Saúde catarinense informou ter registrado duas mortes pela síndrome com relação causal com a vacina: um homem, de 28 anos; e uma mulher, de 27. “Ambos foram notificados ao Ministério da Saúde e a Anvisa, que acompanharam todo o processo de investigação”, diz a nota da secretaria.
Segundo a Fiocruz, as duas pessoas receberam vacinas fornecidas pelo consórcio Covax, em vez de envasadas no Brasil. “A [Fiocruz] acompanhou as investigações juntamente às autoridades competentes e à AstraZeneca”, diz a nota enviada a O Antagonista.
“A investigação destes eventos adversos cabe ao Programa Nacional de Imunizações (PNI) e às vigilâncias em saúde dos estados e municípios. Os produtores de vacina também participam deste monitoramento, conforme legislação vigente da Anvisa (RDC 406/2020), alinhada com as normas internacionais”, acrescentou a Fiocruz.
E ainda: “Conforme a bula, a Síndrome de Trombose com Trombocitopenia foi observada muito raramente após a administração da vacina. Recomenda-se que sejam observados sinais de alerta para esta síndrome após a vacinação, para que os casos possam ser corretamente diagnosticados e tratados conforme recomendações vigentes”.
A AstraZeneca dirigiu as perguntas sobre o assunto à Fiocruz.
O Ministério da Saúde afirmou: “[A]pós investigação, os dois casos citados foram confirmados para síndrome de trombose com trombocitopenia. De acordo com as evidências científicas, a incidência é em média de um a cada 100 mil doses aplicadas, ou seja, são eventos extremamente raros. A pasta ressalta que as vacinas mantêm seu perfil de benefícios maiores que eventos de riscos”.
O ministério não esclareceu se registrou ou não casos semelhantes em outros estados.
A vacina da AstraZeneca é a mais aplicada no Brasil. Pelos dados do Ministério da Saúde, até a tarde desta quinta (25) haviam sido aplicados mais de 114 milhões de doses (incluindo primeiras e segundas doses).
Em abril deste ano, a Agência Europeia de Medicamentos (EMA, na sigla em inglês) concluiu que os eventos trombóticos observados em algumas dezenas de pessoas na Europa eram “efeitos colaterais muito raros” à vacina da AstraZeneca. Na época, estavam registrados 86 casos, sendo 18 fatais, entre dezenas de milhões de vacinados.
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