Filha de Eduardo Cunha assume defesa de PEC antiaborto
Dani Cunha (PL-RJ) enfrentou 'psolistas' que usam o nome do ex-presidente da Câmara para argumentar contra a proposta
A deputada Dani Cunha (UNIÃO-RJ) juntou-se ao time de deputados favoráveis ao avanço da PEC que altera a constituição para vetar o aborto no Brasil. A parlamentar entrou em discussão com deputados do PSOL, que usaram o nome do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha, seu pai, para argumentar contra o avanço da proposta.
“Fico muito triste de saber que alguns deputados aos quais eu sempre trato com respeito usaram o seu tempo de fala para falar mal de um dos autores dessa PEC ao invés de discorrer acerca do conteúdo. Eu tenho certeza de que o deputado Chico Alencar não falou mal do deputado João Campos, que também subscreveu essa PEC, mas perdeu tempo de fala significativo para falar mal de Eduardo Cunha, que foi o autor desta PEC no ano de 2012”, afirmou.
Dani Cunha também foi direta ao se referir ao psolista Chico Alencar. “Se o senhor, deputado Chico Alencar, quiser usar isso para desviar o assunto, é uma questão pessoal”.
Defesa
A parlamentar carioca seguiu ao fazer uso da palavra defendendo a propositura, legado de Eduardo Cunha para esta legislatura. Dani Cunha afirmou que “como filha” “não fez movimento para resgatar a tramitação da proposta”. “Foi um movimento entendido pela maioria dessa Casa aqui presente. Dos membros dessa Casa. Eu quero fazer esclarecimentos graves de fatos que ouvi ontem e hoje, que são mentira. Eu ouvi que não se pode fazer fertilização in vitro. Isso é mentira. Eu ouvi que não se pode congelar óvulos se essa PEC passar. Isso é mentira”.
E completou: “Eu, filha do autor dessa PEC, tenho meus óvulos congelados porque tenho dificuldade para engravidar e vou realizar uma inseminação. A PEC não está aqui para atrapalhar a ciência; ela trata apenas do conceito de que a vida começa após a concepção”.
Um bate-boca entre Dani Cunha e Samia Bonfim (PSOL-SP) também monopolizou parte do debate na Comissão. As deputadas divergiram sobre a existência ou não do veto à fertilização in vitro no texto analisado pela CCJ.
Deputados do PT e do Psol reforçam argumentos sobre a cassação de Eduardo Cunha para invalidar o pleito.
A PEC de autoria do ex-presidente da Câmara tem a relatoria da deputada Chris Tonieto (PL-RJ) e divide, mais uma vez a CCJ, entre os argumentos e articulação da base governista e a insistência da oposição.
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Comentários (1)
Geraldo Fedrizzi
13.11.2024 14:49Que a PEC seja aprovada!