“ACHEI QUE NUNCA SERIA PRESO”
João Santana prestou longo depoimento ao juiz Sérgio Moro. Na abertura da audiência, Moro disse que "não tem nenhuma dúvida dos talentos" do marqueteiro, mas que ele estava ali por causa de "outros problemas"...
João Santana prestou longo depoimento ao juiz Sérgio Moro. Na abertura da audiência, Moro disse que “não tem nenhuma dúvida dos talentos” do marqueteiro, mas que ele estava ali por causa de “outros problemas”.
Santana fez um histórico de seus serviços ao PT. “Fui chamado durante a crise do mensalão e terminei fazendo a campanha de reeleição.” O marqueteiro reiterou a divisão de tarefas entre ele (estratégia e criação) e Mônica Moura (financeiro). Feira falou também dos custos das campanhas e disse que seu lucro fica entre 10% e 18%.
Ele foi questionado sobre os depósitos ilegais na conta Shellbill feitos pelo operador Zwi Skornicki. Dinheiro desviado dos contratos da Keppel Fels com a Petrobras.
“Soube por Mônica que era uma dívida da campanha de 2010 da presidente Dilma. Era coisa de R$ 10 milhões. O partido (PT) sugeriu procurar o seu Zwi.”
Santana, em seu depoimento, negou que soubesse da origem ilegal dos recursos, admitindo apenas a prática de caixa 2 – uma velha estratégia usada por Duda Mendonça no mensalão.
“É uma prática nefasta, de caixa 2, que é generalizada nas campanhas. É um ato ilegal. Sempre lutei contra isso.” Ele disse que aceitou receber por fora para não prejudicar sua relação com o PT e achou que nunca seria preso.
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