“Fatiamento da reforma tributária não cheira bem”, diz deputado do Novo
A reforma tributária voltou ao início depois que Arthur Lira (PP-AL) dissolveu a comissão especial que discutia o tema. Justificou a decisão dizendo que o colegiado havia extrapolado o número total de sessões previstas em regimento. O resultado disso foi o fatiamento das discussões entre Câmara e Senado...
A reforma tributária voltou ao início depois que Arthur Lira (PP-AL) dissolveu a comissão especial que discutia o tema. Justificou a decisão dizendo que o colegiado havia extrapolado o número total de sessões previstas em regimento. O resultado disso foi o fatiamento das discussões entre Câmara e Senado.
Esse fatiamento, para Alexis Fonteyne, vice-líder da bancada do Novo na Câmara, “não cheira bem”. E os motivos para essa percepção do parlamentar são vários, indo desde os problemas técnicos que uma reforma mal feita pode causar até o desconhecimento dos parlamentares sobre o sistem tributário.
Fonteyne, que é um defensor da unificação de PIS, Cofins, ISS e ICMS em um tributo único, o Imposto sobre Bens e Serviços, diz que “o risco de fatiar a reforma é não tratar aquilo que é mais caro e necessário, que é a reforma do ICMS”.
“Uma reforma tributária sobre consumo não pode se limitar a PIS e Cofins. Tem que incluir ICMS e ISS porque há empresas que pagam muito ICMS e pouco PIS e Cofins. Se você faz a reforma só de PIS e Cofins, o resultado será aumento de carga tributária para algumas empresas sem reduzir a carga de ninguém. No fim, fica apenas aumento de carga tributária.”
Outro ponto que atrapalha o andamento da reforma é a falta de conhecimento dos próprios parlamentares sobre o sistema tributário brasileiro. “Conta-se na mão os que sabem com profundidade.”
Assista à entrevista:
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (0)