Fachin falou em ‘indícios de execução arbitrária’ no Rio baseado em vídeo enganoso
Como registramos mais cedo, Edson Fachin pediu ao Ministério Público para investigar "indícios" de uma "execução arbitrária" no Rio de Janeiro, que teria ocorrido durante operação da Polícia Civil. Ele baseou-se, no entanto, num vídeo enganoso...
Como registramos mais cedo, Edson Fachin pediu ao Ministério Público para investigar “indícios” de uma “execução arbitrária” no Rio de Janeiro, que teria ocorrido durante operação da Polícia Civil. Ele baseou-se, no entanto, num vídeo enganoso.
O vídeo mostra homens vestidos como policiais entrando numa residência e matando a tiros um homem deitado no chão.
A gravação foi enviada ao ministro pelo Núcleo de Assessoria Jurídica Universitária Popular da UFRJ, com a informação de que se tratava da operação policial de ontem na favela do Jacarezinho que deixou 25 mortos, a mais letal da história fluminense.
Segundo a Polícia Civil do Rio de Janeiro, no entanto, o vídeo não tem relação com a incursão.
Questionado por O Antagonista, o gabinete de Fachin informou, por meio da assessoria de imprensa, que “caberá ao MP e PGR avaliarem e inclusive atestarem a veracidade do conteúdo”. “O vídeo em questão não foi o único recebido. O ministro também recebeu outro vídeo, fotos e relatos da entidade”, afirmou.
No ano passado, Fachin proibiu operações policiais nas favelas do Rio, exceto em casos excepcionais — a decisão foi posteriormente referendada pelo plenário do STF.
Foi dentro desta ação que o núcleo da UFRJ, ligado à Faculdade de Direito, enviou o vídeo ao ministro. A assessoria da universidade não respondeu aos contatos da reportagem. O outro vídeo enviado pelo núcleo mostrava corpos de vítimas.
Veja, abaixo, os ofícios enviados por Fachin a Augusto Aras e a Luciano Mattos de Souza, procurador-geral do Rio de Janeiro.
E abaixo, o ofício do Núcleo de Assessoria Jurídica Universitária Popular da UFRJ junto do qual o vídeo foi encaminhado ao STF:
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (0)