FAB disponibiliza aeronave para transporte de vítimas do acidente com avião da Voepass
Segundo a FAB, o avião já está na Base Aérea de São Paulo (BASP) aguardando as liberações oficiais por parte dos demais órgãos envolvidos
A Força Aérea Brasileira (FAB) informou nesta segunda-feira, 12, que colocou à disposição a aeronave KC-390 Millennium, operada pelo Primeiro Esquadrão do Primeiro Grupo de Transporte (1º/1º GT) – Esquadrão Gordo, para o transporte das urnas funerárias das vítimas do acidente com a aeronave da Voepass, que ocorreu em Vinhedo (SP).
Ao todo, 62 pessoas morreram no acidente.
Segundo a FAB, o avião já está na Base Aérea de São Paulo (BASP) aguardando as liberações oficiais por parte dos demais órgãos envolvidos.
Como mostramos mais cedo, o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA) concluiu a fase inicial da investigação.
Nesta primeira fase, os técnicos recolheram materiais essenciais para entender a dinâmica do acidente, como a caixa preta, por exemplo. Com esse equipamento, os técnicos do Cenipa terão acesso a diálogos da tripulação com a torre de controle, entre outros.
A partir de agora, segundo o Cenipa, a “investigação do acidente aeronáutico segue sendo realizada, com o levantamento de outras informações necessárias, a fim de identificar os possíveis fatores contribuintes”.
Segundo o órgão, o relatório preliminar deve ser divulgado dentro de 30 dias – ou seja, até a segunda quinzena de setembro. “A conclusão dessa investigação terá o menor prazo possível, dependendo sempre da complexidade da ocorrência”, acrescentou o órgão.
Avião da Voepass teve histórico de problemas
O acidente aéreo que resultou na queda do ATR-72-500 da Voepass é cercado de questionamentos sobre a segurança da aeronave. Antes da tragédia, o avião, de prefixo PS-VPB, já havia enfrentado uma série de problemas técnicos que exigiram diversas intervenções de manutenção, registrou reportagem do G1.
Segundo levantamento do programa Fantástico, a aeronave passou por várias interrupções de voo desde o início do ano, a começar por uma parada em 11 de março, quando, após uma viagem de Recife para Salvador, um relatório oficial apontou falhas no sistema hidráulico e um “contato anormal” com a pista durante o pouso. Fontes indicam que esse contato foi, na verdade, um choque da cauda com o solo, causando dano estrutural ao avião.
“O sistema hidráulico é crucial para a segurança de qualquer aeronave. O fato de ter havido dano estrutural deveria ter levado a uma investigação minuciosa sobre a manutenção feita”, alerta o comandante Ruy Guardiola, especialista em ATR no Brasil que falou ao programa.
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